Carlos Costa recuou até ao passado e recordou o seu percurso profissional e pessoal, numa entrevista exclusiva ao site SELFIE. Durante a conversa, o cantor foi questionado sobre a morte do namorado e do pai, que aconteceu em 2022. “Teve um impacto muito grande em mim. Foi uma coisa que não esperava, foi uma coisa muito forte”, começou por revelar à publicação.
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“O luto é algo que tem de ser aceite e vivido na pele. E esse luto estava a levar-me a uma estratosfera nada positiva. Fiquei sem vontade nenhuma de viver, de ser o Carlos, de ser artista, de cantar… Portanto, coloquei a hipótese de ir para a Madeira, embrenhar-me na natureza e afastar-me de tudo ou, em alternativa, arregaçar as mangas e fazer algo que me ocupasse a mente e me afastasse do que estava a acontecer à minha volta. Naturalmente, foi o que acabou por acontecer e foi um excelente resgate”, confessou.
“Essas perdas acordaram-me de forma drástica”
No entanto, o artista sente que, através da tragédia, conseguiu amadurecer enquanto pessoa. “Mas também acredito – e até vejo pelos meus irmãos – que os homens passam por um crescimento ali aos 28-30 anos. É uma transformação mental muito grande. Nessa idade, comecei a ver o mundo de forma diferente, a ter outras prioridades”, revelou.
“Tinha 29 ou 30 anos quando perdi o meu pai, foi quase como uma estalada da vida. Apercebi-me de que ninguém é eterno e que tinha de acordar e ser o que as pessoas esperavam que fosse: uma pessoa adulta, com responsabilidades. Essas perdas acordaram-me de forma drástica, mas foram essenciais para que me tornasse em quem sou hoje. E espero continuar a evoluir”, afirmou.
“Foi algo que aprendi muito a custo. Trabalhei um pouco com o Agir e lembro-me de ele me transmitir que somos muito o que mostramos de nós próprios e comecei a perceber que havia coisas minhas que eu mostrava e não interessavam a ninguém (…) quase só com o objetivo de apenas ser falado, o que acaba por ser um mundo muito vazio”, partilhou.
“Comecei a aperceber-me disso, conforme fui amadurecendo. E depois perdi o meu pai, o que foi um choque muito grande. Depois, também perdi o meu namorado… Então, essas perdas foram-me amadurecendo ainda mais e apercebi-me de que este tipo de exposição não me enriquecia em nada como pessoa”, concluiu.
Texto: Luís Sigorro; Fotos: Impala/Redes Sociais
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