Carlos Costa
Fala sobre morte do namorado: “Nem eu chegava para mantê-lo aqui”

Já em estúdio, em conversa com o apresentador, Carlos Costa confessou não entender até hoje o que aconteceu . “Eu não percebi nem consigo perceber até hoje o que é que… ele nunca deu sinais de nada. Nunca percebi nada, nunca houve nada que me dissesse algo. Estamos a falar de um cavalheiro, de um senhor, com palavras encantadoras, que me abria a porta sempre”, contou.

“Era mais velho que tu?”, perguntou Goucha. “Sim”, respondeu o jovem artista de 29 anos. “Foi uma pessoa que me ensinou muito. Moldou-me de uma maneira incrível. Transmitiu-me valores, maneira de estar, como estar”, acrescentou.

Nunca quis aparecer e Carlos sempre respeitou a sua vontade. “Era uma das coisas que ele mais me pedia. ‘Tu adoras aparecer, mas eu não, por favor respeita isto’. Era sempre o nosso trato.”

“Quis sempre estar na sombra”, continuou o comunicador. “Sim e ainda bem, eu acho que ele estava certo, ajudou-me a seguir um caminho correto. Aquilo que sou hoje, devo a ele”, disse.

“Respeitou sempre a tua diferença?”, questionou Manuel Luís Goucha. “Sempre”, frisou Carlos.

“Andei desesperado a tentar perceber até que agora parei porque, se calhar, era suposto que eu não soubesse”

“Eu gelo porque eu não consigo entender até agora. Não há nada que eu pudesse dizer: ‘Foi por isto, foi por aquilo’. Andei desesperado a tentar perceber até que agora parei porque, se calhar, era suposto que eu não soubesse”, admitiu ainda.

Após esta perda, Carlos agarrou-se ao trabalho: “O que eu tentei fazer após a partida do meu namorado foi agarrar-me ao trabalho. Tinha uma vida a dois, agora tenho de ter muito cuidado se quero continuar a viver em Lisboa, continuar a viver no mesmo apartamento. Arranjei um outro trabalho. Estou a adorar”, revelou o artista que agora também é agente imobiliário.

“Eu trabalho assim, como tu me vês. Consigo ser o Carlos, consigo dar uma pitada de arte e consigo conciliar o trabalho que agora vem colmatar a falta do meu companheiro de vida. Como é lógico, para eu manter a minha vida, tenho de continuar ou pelo menos colmatar a falta dele”, disse.

“Quando precisarem de ajuda, aquelas pessoas que sentem necessidade de pôr termo à vida ou que pensam nisso por favor procurem ajuda, aconselhem-se”, terminou, em jeito de apelo.

Recorde-se que Carlos Costa também perdeu o pai há cerca de um ano e meio.

Texto: Márcia Alves; Fotos: Reprodução Instagram

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