Carlos Castro: Mais informações sobre o caso
A nova vida e a nova profissão de Renato Seabra na prisão

Nacional

Passaram oito anos desde a fatídica noite em que Renato Seabra, num acesso de fúria, assassinou o ex-cronista social, Carlos Castro. O modelo, que está preso desde esse dia, começa agora a desempenhar funções na cadeia mais perigosa do mundo.

Seg, 07/01/2019 - 19:00

Foi no dia 7 de janeiro de 2011 que tudo se passou. Renato Seabra e Carlos Castro tinham atravessado o Atlântico para ter umas férias (românticas, como se acredita) em Nova Iorque, a cidade de eleição do ex-cronista social.

Era apenas mais uma viagem, como tantas que já tinham feito, mas esta seria diferente e viria a terminar de forma trágica. Renato Seabra tinha 21 anos quando, num acesso de fúria, matou Carlos Castro, na sequência de incompatibilidades difíceis de ultrapassar entre os dois.

Averiguado o crime, à data dos acontecimentos, o modelo entregou-se às autoridades, confessando a autoria do delito. Desde esse altura, o rapaz, condenado a, pelo menos, 25 anos de prisão efetiva, tem estado numa unidade de alta segurança, nos Estados Unidos da América.

«Nunca sairá [da prisão] antes dos 46 anos e não sabemos se sai»

O caso foi recuperado e comentado, esta segunda-feira, dia 7, n’O Programa da Cristina, numa conversa liderada por Hernâni Carvalho. O especialista em crónicas criminais abordou o assunto e fez revelações inéditas.

«Nunca sairá antes dos 46 anos e não sabemos se sai…», contou Hernâni, elucidando o espetador acerca da pena rigorosa a o modelo que foi condenado. «Até 2035, ele tem é de portar-se bem numa cadeia que tem 2336 prisioneiros da pior espécie», prosseguiu o jornalista.

Preso há oito anos, Renato Seabra recebe apenas cerca de três visitas por ano. A mãe, Odília Pereirinha, aproveita cada oportunidade e voa até Nova Iorque para poder estar com o seu menino.

«Foi para a pior prisão que existe»

Devido à complexidade do crime, Renato Seabra encontra-se num dos principais estabelecimentos prisionais de Nova Iorque. «Tem a ver com o tipo de crime que aconteceu. Foi para a pior prisão que existe nos Estados Unidos», adianta Hernâni.

Sobre a tão esperada libertação do modelo em 2035, Hernâni apresenta reticências. «Não sabemos se sai. Tivemos acesso à ficha prisional do Renato Seabr,a onde diz que, para princípio de conversa, ele só sairá em 2035. Até 2035 tem é de portar-se bem», reforça o jornalista, especialista em assuntos desta natureza.

Confeciona roupa e ajuda na missa

Estando numa das prisões mais austeras do mundo, advinha-se uma realidade muito severa para Renato Seabra. Hernâni não desmente, mas conta, pela primeira vez, que «[Renato] trabalha na confeção das roupas da prisão e ajuda na missa». Estas são informações que o jornalista conseguiu captar junto do estabelecimento prisional que acolhe o modelo.

Contudo e, apesar de faltar ainda muito até 2035, as perspetivas de futuro impõem-se. Hernâni configura o cenário que estará para vir. «A partir de 2035 vai ser feita a primeira audiência para a libertação. Mas após a primeira audiência ele pode ou não ser libertado. Se sair da prisão, ele é expulso do País», esclarece, ainda. «Quando ele for expulso, em Portugal, terá de haver um apoio familiar que o ajude a recuperar. Terá de haver um trabalho muito profundo para que este homem volte a ser gente. Os primários são integrados numa sociedade já muito marcada pelo crime e serve de escola. Quando um primário sai da prisão, vem com ensinamentos que não tinha», conclui Vítor Marques, comentador que estará presente também, assiduamente, n’O Programa da Cristina.

Texto: Tânia Cabral; Fotos: Arquivo Impala

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