Há seis anos, a canábis para efeitos medicinais tornou-se legal no Reino Unido. Contudo, a droga precisa de ser prescrita por médicos especialistas e é essencialmente usada para tratar condições como TOC e dor crónica. A verdade é que esta indústria está a crescer e Portugal é responsável por grande parte da produção.
Num parque industrial perto do Rio Wear está o maior local de processamento de canábis medicinal do Reino Unido, onde atualmente já trabalha cerca de 200 pessoas. A BBC fez uma grande reportagem na qual entrevistou também profissionais do setor.
Tabitha Bonallie, 26, responsável pela saúde e segurança atirou: “Quando conto aos amigos e familiares que trabalho com canábis, ouço piadas como: ‘Ganhas alguma amostra grátis?’ Mas, no geral, as pessoas estão muito interessadas”.
O produto final, para a maioria dos que o usam, é uma flor de canábis seca que pode ser vaporizada. Mas já há outros métodos que incluem doces comestíveis.
Onde é que Portugal entra nesta reportagem?
A linha de produção começa a mais de 1.609 km de distância, em Lisboa, Portugal. Numa instalação segura, encontram-se sete estufas com 20.000 m² que abrigam cerca de 7.500 plantas de canábis cada. Sabe-se que cada cultivo tem um valor de mercado estimado de quase 4 milhões de euros. O gerente geral Nuno Mendoca diz que o bom tempo é aproveitado pelas plantas, mas mesmo assim, LEDs industriais devem ser usados para garantir a consistência da colheita.
Antes de seguirem para o Reino Unido, dezenas de trabalhadores cortam as planas, embalam-nas e levam para outra equipa que remove os caules. “Isso é tratado como um produto farmacêutico comum para poder ser lançado no mercado”, explica Nuno.
A Mamedica, uma clínica de canábis medicinal sediada em Londres, disse que viu o número de clientes aumentar em mais de 10 vezes em 2023, passando de 250 para 2.750.
Evidências esmagadoras
O professor Mike Barnes, neurologista consultor e especialista em canábis medicinal, acredita que as evidências sobre os seus benefícios são “esmagadoras”. “Não é um medicamento que cura tudo, não é um medicamento milagroso, mas é um medicamento extremamente útil para muitos problemas”, remata.
O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (NICE), responsável por decidir que medicamentos é que estão disponíveis no NHS, declarou: “Até que haja evidências claras da segurança e eficácia dos produtos medicinais à base de canábis, os médicos especialistas precisam de considerar as circunstâncias individuais do paciente, a condição clínica e a necessidade, e avaliar, com o paciente ou cuidador, os riscos e benefícios relativos na escolha dos tratamentos.”
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: pixabay
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