Campanha de solidariedade em nome de António Cordeiro
Doente e sem trabalho recebe ajuda de amigos

Nacional

Depois de ser tornada pública a doença que atormenta António Cordeiro há cerca de um ano, amigos juntam-se e organizam eventos solidários

Ter, 23/10/2018 - 14:50

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António Cordeiro sensibilizou o país quando, a 22 de setembro, falou da doença que o atormenta no programa de Daniel Oliveira, na SIC.

Em sofrimento há cerca de um ano, o ator revelou que tem uma paralisia supranuclear progressiva, uma patologia grave sem cura, que provoca rigidez nos músculos e demência.

Após ficarem a par das dificuldades financeiras que António Cordeiro estaria a passar, os amigos do ator juntaram-se com o intuito de o ajudar.

Desta forma, na próxima sexta-feira, dia 26 de outubro, realizar-se-á um jantar solidário, com o custo de 20€ e, seguidamente, um concerto no Quartel dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste do Barreiro.

No dia 2 de novembro há ainda um espetáculo com vários rostos conhecidos, como António Zambujo, Jorge Fernando e Piedade Fernandes, na Casa da Cultura da Quimiparque. A entrada custa 10€.

Algumas figuras públicas já se juntaram à iniciativa e partilharam o cartaz onde estão divulgados todos os pormenores dos dois eventos. José Raposo e Nuno Markl são duas delas.

«As dores na alma são mais fortes que as do corpo»

«É difícil, muito dificil», confessou a Daniel Oliveira como é lidar com a doença. «Apareceu. Ninguém na minha família tem».

O ator revelou que já se magoou devido à falta de equilíbrio que a doença lhe provoca: «dou comigo a tentar entender como é que as coisas se fazem (…) Tenho que pensar em tudo, tudo, tudo».

«Preciso muito de trabalhar»

O ator de 59 anos conta com a ajuda da mulher no seu dia a dia mas lamenta o facto de não poder trabalhar na profissão:

«Na verdade não tenho nenhuma televisão que queira trabalhar comigo. É chato. É uma porra (…) Preciso muito de trabalhar. Preciso de sentir que as pessoas gostam de mim», partilhou, explicando o quanto se sente bem e útil quando trabalha em televisão.

«Já me têm sugerido para me reformar. Eu não me vou reformar, não me quero reformar, tenho tanto para fazer ainda. Eu não posso viver de poupanças», afirmou.

Em relação às dores físicas causadas pela doença, o ator revelou que «as dores na alma são mais fortes que as do corpo».