Afastado do ecrã da RTP desde o final do ano passado, o Só Visto! está de volta à grelha de domingo à tarde da estação pública. Com um novo formato e conteúdos mais diversificados, o programa criado por Daniel Oliveira em 2004 – e que, entretanto, foi também apresentado por Marta Leite de Castro –, conta agora com a condução de Sílvia Alberto, acompanhada pelas repórteres Adriane Garcia, Joana Teles e Rita de la Roc hezoire.
Longe dos ecrãs há já algum tempo, a apresentadora, de 32 anos, assume que, para a fase profissional e pessoal que vive atualmente, este desafio chegou na altura certa. “Confesso que já sentia alguma necessidade de continuidade no ecrã”, revela S ílvia. “É verdade que a RTP sempre me tem pedido projetos muito díspares. Sem dúvida que o Só Visto! chega numa altura em que a estabilidade no ecrã e a continuidade são duas coisas que me agradam”, refere.
Paralelamente, S ílvia salienta que o regresso do programa à grelha pode ser encarado como uma lufada de ar fresco, na fase que a RTP tem vivido nos últimos tempos. “Para mim, a situação que a estação vive não lhe tira o mérito. Pode tirar-lhe prestígio, já que o rumo é incerto. Mérito nunca lhe tira. Depois, o Só Visto é uma continuidade de um projeto que ocupava um espaço inicialmente aos domingos, espaço esse que, depois do final do programa anterior, continuava vago. O novo Só Visto chega com uma nova linguagem, com uma nova roupagem, novas pessoas. No fundo, para continuar a fazer o mesmo serviço, para continuar a ser, algumas vezes, a agenda cultural do País, e outras para provocar momentos de evasão e diversão. É disso que, no fundo, todos nós estamos a precisar”, frisa.
Ainda que seja um formato ao qual já está habituada, no que diz respeito ao programa, Sílvia Alberto salienta que melhor era impossível. “Adoro biografias e adoro conhecer histórias de pessoas. Adoro uma boa conversa e trocar ideias. Neste formato, consigo perfeitamente fazer isso”, diz a apresentadora, que, no leque de entrevistados, pretende ter, não só nomes sonantes da atualidade nacional, como também dar a conhecer a história de vida de portugueses que saíram para fora do País e têm conseguido ter uma carreira de sucesso, lá fora.
“O programa ainda está a começar, mas, em termos de gravações, já avançámos e já nos dá para ter noção do que é, realmente, o programa. Já estamos em velocidade cruzeiro (risos). Ao nível da equipa estamos mais entrosados, tanto com a produtora (Até ao Fim do Mundo), como entre nós, as meninas do programa”, conta.
“Sangue novo” na equipa
E é nas meninas do programa que o novo Só Visto! tem a maior novidade. As repórteres Adriane Garcia e Joana Teles transitaram do formato anterior e, ao grupo, juntou-se Rita de La Rochezoire, que antes dava a cara no programa Cinco para a Meia-Noite, como uma espécie de repórter indiscreta.
“Estamos juntas no programa, mas se nos quisermos ver quase que temos de marcar um almoço. Temos um grupo para troca de mensagens, onde vamos falando, tirando dúvidas e fazendo as nossas críticas, no final de cada programa. Trocamos imensas ideias e raramente estamos juntas, só nos cruzamos na sala de edição. Isto, porque elas estão sempre fora, em reportagem, e o meu trabalho acaba por ser mais fechado, no meu canto. Costumo dizer que o Só Visto! é o programa de social com a apresentadora mais antissocial que há”, afirma Sílvia Alberto, que vê com bons olhos a chegada de um novo elemento ao grupo.
“A Rita é uma miúda consciente do seu trabalho e, por ser a que está nesta área há menos tempo, não vejo que faça um trabalho diferente. Ela tem facilidade em propor ideias, é criativa e tem um lado de guionista muito próprio. Faz bem o seu trabalho e acaba por ser uma relação entre iguais. Não acho que precise de muita orientação, sinceramente. Revejo-me nela, remete-me para outros tempos, quando comecei a trabalhar, e isso é engraçado”, diz Sílvia Alberto.
“Acho que todas nos revemos um bocadinho nela. Ela é toda cheia de ideias, é provocadora para o convidado. Cada uma de nós tem mais jeito para uma coisa específica; cada uma de nós tem o seu jeito próprio de ser, o seu cunho. Não há aqui misses. Estamos todas em pé de igualdade, para trabalhar”, acrescenta Joana Teles, que conta com o assentimento de Adriane Garcia.
A jovem, de nacionalidade brasileira, vai acenando afirmativamente, enquanto a colega fala. “É isso. Somos todas muito diferentes, cada uma tem o seu jeito próprio de ser e ainda bem que é assim. É por isso que nos completamos. E é muito bom ver a chegada de uma pessoa nova, sangue novo na equipa. A Rita é nova de idade e no programa, mas acho que já tem estaleca. Começou logo a mostrar a identidade dela e isso é bom”, reforça Adriane.
“Fui escolhida por destoar do grupo” Portuguesa, mas de origem francesa, Rita de La Rochezoire acabou de chegar à equipa do Só Visto!. Mas quem não sabe disso também não percebe, já que apesar de se terem conhecido há pouco tempo, a relação entre as colegas parece estar no bom caminho. Juntas, nunca falta a conversa. “Não me sinto ‘caída’ neste grupo. Estou perfeitamente integrada. Já conhecia a Sílvia, porque escrevi guiões de programas da RTP que ela apresentou. Estou agora a conhecer as outras meninas e estou a gostar”, começa por contar a jovem, de 25 anos, que, para trás, no currículo, tem o registo do programa Cinco para a Meia-Noite.
“Fazia reportagens no ambiente das festas, por isso já estou habituada a este registo. A única diferença é que, antes, eu ia às festas para desestabilizar. Era a repórter louca, fazia perguntas bizarras e estragava o ambiente“, recorda. E acrescenta: “Foi uma boa escola. Ajudou- me a desinibir e penso que foi por isso que me escolheram para fazer parte desta equipa. Acho que fui escolhida por destoar do grupo, deste registo. Elas já têm esta escola, estão habituadas, eu não.”
Ainda assim, a jovem prefere acreditar que a “dose de loucura” que trouxe para o programa dá “uma certa versatilidade” ao ambiente. Licenciada em Sociologia e com mestrado em Ciências da Comunicação, foi durante o estágio como guionista na RTP que Rita sentiu a vocação para este mundo. “Lá no meu íntimo, acho que ambicionava chegar aqui, mas só agora é que estou a perceber isso, depois de ter experimentado. Sempre me imaginei a trabalhar em televisão, mas agora, que estou a experimentar este registo, em frente às câmaras, sinto que tenho a certeza de que é isto que eu quero fazer.”
Quanto às suas referências no ecrã, Rita assume que nunca pensou seguir o exemplo do trabalho de outros profissionais. “É importante termos referências e há uma ou outra pessoa de quem eu gosto mais e tenho curiosidade em acompanhar o trabalho. Acontece que nunca olhei para essas pessoas com o sentido de as imitar ou seguir. Eu penso por mim e quero criar o meu próprio registo e a minha identidade no ecrã. Acho que só assim conseguirei crescer como profissional”, nota.
“Não quero ser famosa” Focada no presente profissional, Rita de La Rochezoire diz que vive um dia de cada vez e, por isso, acha que é demasiado cedo para pensar onde quer chegar na profissão que agora abraça. “Quero aproveitar muito bem e o melhor que esta profissão tem para me dar e para me ensinar. Quero viver um dia de cada vez e manter os pés bem assentes no chão. Não quero ser famosa, ainda que o meu trabalho passe por mostrar e entrevistar quem é famoso”, remata.
Texto: Micaela Neves; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem: Vanda Pimentel, com produtos Maybeline e L'Oréal Professionnel; Cabelos: Inês Franco
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