Mariana Cabral, mais conhecida como Bumba na Fofinha, estreou-se no mundo da maternidade no início do mês de maio. A humorista ainda não se tinha manifestado sobre o parto e o pós-parto, mas depois da publicação de Catarina Gouveia sobre o nascimento do filho, que tem dado muito que falar, Mariana recorreu às redes sociais para dar o seu testemunho.
Neste domingo, 29 de maio, Bumba na Fofinha partilhou uma fotografia em que surge de lágrimas nos olhos. “Esta é a fotografia que enviei às minhas amigas no 2.º dia de vida da Clara, completamente arrasada pela exaustão, maminhas em rosbife, gelo no pipi, cueca de rede, contrações filhas da mãe que chegaram atrasadas à festa, pavor existencial de vir a ter de precisar de mandar barrito por uma zona em obras (antes uma atividade que me aprazia tanto, como sabem) – e, a rematar este cenário festivo, uma pequena piranha esfomeada a abocanhar o ar e eu sem conseguir dar de mamar”, começou por escrever, na legenda da publicação.
“Perdoem-me a crueza do relato, mas foi exactamente neste estado que me encontrou a equipa de enfermeiras que cuidou de mim no pós-parto e este é um post de agradecimento a elas. Se há bons e maus profissionais em todo o lado, eu tive uma sorte danada com as minhas. Passaram horas sem fim curvadas sobre a minha cabeceira a fazer malabares com estas bajengas, a arremessar mamilos para uma Clarinete pouco interessada no seu buffet all-you-can-eat, muitas vezes comigo a chorar de frustração ou a desistir de exaustão”, continuou.
Bumba na Fofinha agradece “colo” das enfermeiras no pós-parto
Bumba na Fofinha enumerou o nome de todas as enfermeiras que a acompanharam durante os dias em que esteve na maternidade para lhes agradecer a dedicação. “Fizeram-me jiu jitsu mamário no duche durante a subida do leite, foram-se revezando no papel de pacientes professoras perante a minha total inexperiência, babysitters para eu poder dormir 20 minutos, psicólogas perante a minha frustração hormonal de que dar um biberão é um tudo ou nada e foram o mais próximo de irmãs/mães/amigas durante as fatídicas madrugadas em que está escuro, luzes, alma, tudo. Foram várias profissões numa só, e só agora entendo realmente porque devia ser um trabalho tão mais bem pago”, confidenciou.
“Obrigada por me darem colo, opções sem julgar, soluções sem pressionar, sempre com uma empatia e ternura que foi além do profissionalismo e do que aprenderam nas faculdades de enfermagem é uma vocação, simples assim – e que me comoveu muito, agora que tenho a distância necessária para o descrever”, disse ainda a humorista, de 35 anos.
“Não as conheço realmente nem sei quais são os seus perfis de IG mas numa altura em que há tantos relatos do contrário, parecer-me-la injusto não deixar aqui o meu, bem público, na esperança de que elas o vejam. Ainda não consigo dar de mamar mas se estou saudável de corpo e cabeça e a Clara também, muito se deve a elas. De alguém com o vício de longa data de não se deixar ajudar em nada, acreditem no que vos digo: quando arriscamos precisar dos outros e eles estão lá para nós, há algo que muda na vida, e é sempre para melhor”, terminou.
Veja aqui a publicação em questão:
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: redes sociais
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