Bruno Nogueira recorreu ao Instagram para deixar uma sentida mensagem de agradecimento e reflexão sobre a rubrica que criou na rede social, ‘Como é que o Bicho Mexe’, e que emocionou o País no último direto, no passado dia 15 de maio, sexta-feira.
«O pudor de escrever sobre dias bonitos tem razão de ser: nunca ficará à altura. A alegria esconde-se disto tudo, e resiste a ser trocada por palavras. É ato falhado. É portanto teimosia minha correr esse risco, e tentar. Quando saí de casa para festejar o último episódio de ‘Como é que o Bicho Mexe‘ na rua, nunca imaginei que quando voltasse à cama estaria do avesso. Havia coisas programadas para o fim, mas pouco ou nada para o percurso. Tudo o resto era incógnita. A tal incógnita fez-se primavera e deu-me a melhor maneira que tinha de vos dizer até já: ver-vos e ouvir-vos. Tantos, e tão generosos. E quando precisava de descer uns furos à terra, olhava para o lado e estava lá o Miguel, amigo desde que eu tinha 18 anos e tentava, com tudo, ter voz própria, que me acompanhou de mota no trajecto todo até ao Coliseu, e pensava no espanto que a vida ainda sabe dar», começa por escrever o humorista que todas as noites, durante cerca de dois meses, tinha mais de 60 mil pessoas a assistirem aos seus diretos. O último capítulo desta aventura foi visto, em determinadas alturas, por 174 mil fãs.
«Que bom que foi ter-vos em minha casa estes dias todos»
Bruno Nogueira considera que «juntar pessoas boas e com talento é ainda, e cada vez mais, o que» o «faz sentir a alegria dos dias bons». «Por isso e por muito mais, obrigado ao Albano Jerónimo, à Beatriz, à Inês, à Mariana, à Jéssica, ao Nuno Lopes, ao Ljubomir Stanisic, ao Salvador Martinha, ao Quadros e ao João Manzarra. Que bom que foi ter-vos em minha casa estes dias todos. Obrigado por subirem a parada, por acreditarem e confiarem. Ao Nuno Markl e ao Filipe agradeço, acima de tudo, a amizade e a irmandade que finta o sangue. O salto para o escuro que aceitam dar, mesmo sem saberem de que é feito o chão», lê-se.
«Por fim, esta foi a minha vista durante os dois meses em que fiz o ‘Bicho’ no escritório. É uma videira com décadas de vida, oferecida pelo meu pai. Começou a dar folha nos primeiros diretos, hoje já está cheia de promessas de uvas. Ela lá sabe o que faz», continua, justificando a imagem que partilhou no Instagram acompanhada da longa mensagem.
«Nunca tive uma família tão grande como tenho agora»
«Estou agora sentado na cadeira que teima em chiar, com o copo de vinho de sempre, mas sem amigos para brindar. Enquanto ouvia, na sexta-feira, as mais comoventes manifestações de agradecimento que alguma vez tive até hoje, pensava na ironia disto tudo, e no quanto me ofereceram também vocês que estiveram sempre às 23h a brindar comigo. Este escritório nunca esteve tão vazio, mas deixem que vos confie um segredo: nunca tive uma família tão grande como tenho agora. Obrigado a todos. E acreditem: vai mesmo correr tudo bem», remata.
Texto: Ivan Silva; Fotos: Instagram e Arquivo Impala
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