Bruno Nogueira Assim será o novo programa do humorista que estreia domingo: “Nunca foi feito nada assim”
Nacional
Bruno Nogueira conta como vai ser o seu novo programa na SIC, “Princípio, Meio e Fim”, que estreia já domingo à noite, 11 de abril. Cada história começa com um jantar e não interessa se faz sentido…
Ter, 06/04/2021 - 14:54
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O novo programa de Bruno Nogueira, "Princípio, Meio e Fim", estreia domingo à noite, 11 de abril, na SIC
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Bruno Nogueira, Nuno Markl, Salvador Martinha e Filipe Melo, os argumentistas de "Princípio, Meio e Fim"
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“Princípio, Meio e Fim” é um programa de “humor adulto” com seis episódios, cada um com cerca de 45 minutos.
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Do elenco fazem parte Nuno Lopes, Jéssica Athayde, Albano Jerónimo e Rita Cabaço
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Bruno Nogueira referiu que o programa nasce da liberdade criativa dada por Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC.
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Bruno Nogueira sobre ‘Princípio, Meio e Fim’: “É um híbrido entre a realidade e a ficção”
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"Princípio, meio e fim" estará 'dividido' em duas partes diferentes, onde se cruza a realidade com a ficção
“Princípio Meio e Fim” é um programa de “humor adulto”, que contará com seis episódios, com duração de cerca de 45 minutos, e deverá ir para o ar ao final das noites de domingo. Daniel Oliveira, diretor de programas do canal de Paço d’Arcos, não revelou o horário específico, mas referiu que “será muito perto de ‘Hell’s Kitchen’”.
O programa foi idealizado por Bruno Nogueira, que também irá fazer parte do conjunto de cinco atores que irão interpretar os guiões criados por si, por Nuno Markl, Salvador Martinha e Filipe Melo. Do elenco fazem parte Nuno Lopes, Jéssica Athayde, Albano Jerónimo e Rita Cabaço.
O humorista começou por referir que o programa nasce da liberdade criativa dada por Daniel Oliveira. “Um conceito que não obedece a determinadas regras que são padrão na televisão generalista”, disse, adiantando: “o programa nasce de uma coisa que sempre me fascinou e que há pouco espaço para isso na televisão que é a questão do erro e do falhanço. De quando se erra, a tentativa de resolver. É muito mais interessante quando se erra, a vertigem que isso provoca a quem está a ver.”
Um programa dividido em duas partes
“Princípio, meio e fim” estará ‘dividido’ em duas partes diferentes. “É um híbrido entre realidade e ficção. A parte da criatividade é realidade, é ter um tempo para criar um guião e aí não estamos a fazer personagens nem é ficção e a última parte é a ficção pura onde não entra a realidade. É a execução do guião”, revelou Bruno Nogueira.
A primeira parte será a de acompanhar o processo de escrita do argumento, enquanto a segunda será a execução da história.
Os guinistas têm apenas duas horas para escrever um argumento, uma narrativa que parte sempre de um cenário em que cinco amigos se juntam para jantar. “Todas as semanas, os mesmos amigos, que são os atores, juntam-se para jantar. É quase como se houvesse uma falha de memória coletiva e nenhum deles se lembre de que, na semana anterior, tiveram o mesmo jantar”, explica o humorista.
Não interessa se a história faz sentido ou se fica a meio
Terminado o prazo, não interessa se a história faz sentido, se fica a meio ou, sequer, se tem um fim. Será aquele texto que os atores terão de interpretar.
“A única regra era: se o argumento viesse com algum erro de português, o ator tinha de dizer o erro; se as falas fossem escritas com letras maiúsculas, o ator tinha de gritar; se o argumentista escrevesse um sítio inventado, os atores tinham de assumir, e resolver, os erros na representação, numa homenagem a quem escreve, produz, cria e executa em Portugal”, refere Bruno Nogueira.
A ideia é mostrar “a outra parte da engrenagem” da criação dos programas. E Nuno Markl garante que a primeira parte de cada episódio não assentará apenas em “quatro tipos sentados a uma mesa com um computador”. “Esforçámo-nos para que essa parte da escrita fosse também ela um espetáculo e fosse tudo menos monótona. Às vezes parece um thriller, parece que temos que desarmar uma bomba”, conta, adiantando que o espetador pode contar com muitas situações de “caos”.
Salvador Martinha garante que quando é mostrado o processo criativo, ninguém está a interpretar uma personagem ou a brincar.”Quando estamos concentrados em acabar a escrita, esquecemo-nos das câmaras e são quebradas todas as barreiras. Aquilo a que o espectador tem acesso é a uma espécie de câmara voyeur e a algo que raramente se vê em televisão: o processo de criação que, além disso, não tem retorno. A partir do momento em que as duas horas terminam, não se pode voltar a trás, o que faz com que o tom da série assente muito nessa falta de lógica”, explica.
No fim da apresentação do programa, todos prometeram um conteúdo diferente e capaz de surpreender. “É difícil catalogá-lo (…) acho que nunca foi feito nada assim. Não é uma sitcom, não é um reality show. Acho que criámos aqui um género novo”, assumiu Nuno Markl.