Bruno de Carvalho foi detido no dia 11 de novembro de 2018, acusado de ser o mandante dos ataques à Academia de Alcochete em maio do mesmo ano. O ex-presidente do Sporting Clube de Portugal não deixou passar a data em branco e, no Instagram, partilhou uma fotografia a rezar e, na legenda da mesma, partilhou uma mensagem onde lamenta a forma como foi detido, na própria casa.
«Hoje faz um ano que fui detido em minha casa. Tive de suportar o vexame de, depois de me ter ido apresentar voluntariamente às autoridades e me ter sido negada uma audiência, ser detido no local que eu considerava o mais seguro e sagrado na minha vida: a minha casa! O vexame de ser detido, de o ser com todos os meus vizinhos a serem testemunhas e com os meus pais, no prédio ao lado, a serem logo confrontados com o sucedido», começou por escrever o ex-dirigente dos leões.
Ainda hoje acordo com pesadelos verdadeiros»
A uma semana do início do julgamento do caso Alcochete, o presidente não escondeu a revolta de ter sido detido em frente à filha e aproveitou o momento para lançar farpas aos jogadores do clube de Alvalade que, na altura, afirmaram ter pesadelos com o sucedido na academia.
«Mas não bastava o vexame, tinham ainda de cometer a maior humilhação que um homem honrado pode sofrer: ser detido à frente da filha… E ela que cheia de amor e carinho tinha ido buscar ao supermercado uma árvore de Natal. Como de um modelo e ídolo para as nossas filhas passamos, num segundo, para simples criminosos. Ainda hoje acordo, com pesadelos verdadeiros, a ver a cara dela a sorrir quando entrava em casa e de repente o seu sorriso passa a uma cara de pânico e desgosto quando viu o seu pai a ser detido e as suas coisas, no seu quarto, a serem violadas por aqueles que por detrás de um mandato não tiveram o mínimo de bom senso nem de respeito», acrescentou, rematando: «Isso sim foi um acto de terrorismo sem precedentes em Portugal! Isso sim foi o culminar de uma campanha de difamação e calúnia sem precedentes em Portugal! Isso sim foi o momento mais negro da minha vida que nunca nada nem ninguém vai, infelizmente, apagar!»
Veja a foto e a mensagem de Bruno de Carvalho na nossa galeria.
A primeira sessão do julgamento do caso Alcochete está marcada para a próxima segunda-feira, no Tribunal de Monsanto. O julgamento contará com três sessões semanais até abril de 2020, à exceção do mês de janeiro, que conta só com duas. O juiz de instrução Carlos Delca pronunciou todos os 44 arguidos nos termos de acusação do Ministério Público.
Texto: RedaçãoWIN/Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Instagram
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