Big Brother
Edmar revela que o pai “culpa” a “mãe” pelo facto de o concorrente ser gay

Nacional

Pedro Crispim emociona-se a ouvir desabafo de Edmar, no “Extra” do “Big Brother – Duplo Impacto”, da TVI.

Qui, 18/03/2021 - 9:00

Edmar revelou, em conversa com Jéssica Fernandes e Bruno Savate, que o pai “culpa” a “mãe” pelo facto de ser “gay”. Tudo aconteceu porque a fadista disse que fica preocupada com as brincadeiras que o pugilista tem com o luso-britânico

“Para mim, o problema é só o meu pai e o que ele está a pensar. Não quero saber o que vocês ou o que as outras pessoas estão a pensar. Na verdade, nem quero saber o que é que o meu pai está a pensar. Só não quero que ele chateie a minha mãe e ponha a minha mãe em baixo por ter um filho gay”, começa por explicar o concorrente aos colegas. “Estou a borrifar-me para o que é que ele está a pensar”, reforça.

A conversa continuou, fazendo com que Edmar saisse da sala em pranto. “Vocês, às vezes, são tão idiotas”, atira, visivelmente incomodado por os colegas não mudarem de assunto.

Já cá fora, o luso-britânico, de 28 anos, acabou por fazer revelações perturbadoras. “Eu não sei o que é que o meu pai diz à minha mãe. Eu vejo como ela, às vezes, chora e fico… magoa-me muito. E não é só por eu ser gay, é de outras coisas também. Ele culpa a minha mãe. Ele é muito boa pessoa, mas tem aquele problema… não sei porquê”, desabafa.

Pedro Crispim emociona-se com relato de Edmar

O momento foi visto no “Extra” do “Big Brother” desta terça-feira, 16 de março. A apresentadora Alice Alves deu a palavra a Pedro Crispim e pediu-lhe para opinar sobre as “imagens difíceis de ver”. O comentador não conseguiu esconder a emoção. “Cada pessoa carrega a sua mochila e não existem mochilas mais pesadas do que outras. Cada um saberá a sua realidade. Ainda há pouco tempo eu dei uma entrevista à Selfie, na qual falei um bocadinho sobre o meu processo. É muito único e muito especial e… o Edmar terá o dele. (…) Todos nós temos as nossas batalhas”, alertou. 

Crispim, também ele homossexual, frisou que “sexualidade”, “cor de pele” ou “religião”, “tudo serve como ataque”. E lamenta que, “dentro das estruturas familiares”, o caso de Edmar não seja “nem pontual nem tão único” como se possa pensar. “Muitas das vezes, a mulher é responsabilizada pelo marido…”, referiu, sem conseguir terminar a frase. “Isto deixa-me um bocadinho incomodado porque, obviamente, eu também tive um processo que… consigo rever-me a cada palavra que ele diz. Emocionei-me a assistir a isto”, terminou.

“Ataram a uma árvore, com umas cordas, e bateram-me”

Na entrevista àquele site, o comentador do “Big Brother – Duplo Impacto” recordou o dia em que foi vítima de um ataque violento. “Havia um bosque perto da escola e nós íamos para lá brincar nos baloiços. Houve uma vez em que os meus colegas me ataram a uma árvore, com umas cordas, e que me bateram… e eu fiquei ali o horário todo da escola, à chuva, até ao final, até os contínuos irem dar por mim ali. E lembro-me de que quando foi para apresentar queixa eu não quis”, relatou. 
 
“Nunca senti raiva, nem de quem me fazia mal. Porque achei sempre, e ainda hoje acho, que sempre que me faziam mal é porque a pessoa não estava bem. Às vezes, quando leio algumas coisas ou quando me tratam de uma certa maneira, acho sempre que essa pessoa está magoada, está ferida, que é infeliz. Aliás, acho sempre que isso mostra mais sobre eles do que sobre mim”, acrescentou Crispim.

Leia toda a história aqui.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução TVI e Instagram

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