Pedro Crispim foi alvo de comentários desagradáveis por parte dos concorrentes do “Big Brother” durante um desafio lançado pelo soberano da casa. Helena Isabel, Joana Diniz, Teresa e Rui Pedro teceram várias ofensas sobre o comentador do reality show, que já reagiu às mesmas nas redes sociais.
“É mais ou menos homem”, “Canário”, “Canta mal”, “Acha-se uma estrela”, “Ressabiado”, “É uma personagem enorme… Que se acha”. Estas foram apenas algumas das críticas feitas pelo grupo de jogadores. Cá fora, Crispim recorreu às redes sociais para se dizer “dececionado” por se “continuar a utilizar a sexualidade como arma para tentar atacar ou rebaixar alguém” e lamentar que as palavras e as atitudes dos concorrentes “tenham a televisão como montra, sendo o seu volume e impacto ainda maior”.
“Quando assisti ao vídeo, não fiquei admirado, acho que era previsível o rumo… Mas hoje senti pena daquelas pessoas. A dor identifica e procura conforto na dor do outro. E dentro da casa existe gente muito magoada com as suas vidas, com a sua realidade e, pior, consigo!”, começa por escrever o stylist.
Pode ver os vídeos aqui e aqui.
“Os meus sonhos foram sempre mais fortes e sólidos”
A acompanhar a declaração, Pedro Crispim deixa um desabafo sobre a forma como foi obrigado a lidar com ofensas ao longo da vida. “Cresci chegando aos 106 quilos com 16 anos. Partilhei os meus dias com o preconceito, fiz o meu caminho tendo estes comentários e muitos outros como barulho de fundo, a cada passo, a cada gesto ou palavra. Nunca perdi o foco, e os meus sonhos foram sempre mais fortes e sólidos do que o medo que pudesse eventualmente sentir, tornando-me resiliente e levando comigo somente aquilo que me acrescenta, mas nem todos o conseguem fazer. Lamento que com tudo o que está a acontecer no Mundo, continuem a existir gestos, palavras, olhares e expressões preconceituosas a ver a luz do dia”, refere.
O comentador assume estar “triste”, mas não por si, e “assustado” por tudo isto acontecer “diante dos olhos daqueles que serão o futuro deste país”, destacando o sobrinho e “outras tantas crianças e jovens, que poderão ser influenciados, e outros tantos, que irão sentir essa violência na pele sendo os mesmos gays ou tendo algum complexo ou insegurança”.
“No final de contas, cada um acrescenta aquilo que consegue, nada mais!”, termina.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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