Sara, de 22 anos, a jovem que se encontra detida preventivamente por ter abandonado o filho bebé num ecoponto, em Lisboa, na passada terça-feira, 5 de novembro, afirmou, segundo o Diário de Notícias, no interrogatório feito pelo juiz de instrução criminal, que descobriu que estava grávida ao sétimo mês e que não quis abortar.
Apesar de não se ter preparado para o nascimento da criança, a jovem ponderou ficar com o filho. «Resposta que deu apenas por ter medo de fazer um aborto», afirmou ao magistrado, de acordo com a mesma publicação. Sara estava a viver em Portugal há dois anos. Veio de Cabo Verde para estudar, mas acabou por abandonar os estudos. Desentendeu-se com os familiares que se encontravam a viver em Portugal e foi viver para a rua, em julho passado, «em condições muito precárias na via pública», adianta a Polícia Judiciária.
Sara explica como tudo aconteceu
Segundo o acórdão, citado pelo DN, Sara entrou em trabalho de parto no dia 5 de novembro depois da meia-noite. O namorado, que não é o pai da criança dado que a relação tem apenas quatro meses, apercebeu-se do sofrimento da jovem e perguntou-lhe se queria ir ao médico, «tendo respondido sempre a arguida que se tratava de uma indisposição e que ficaria bem».
À medida que as contrações aumentavam, Sara pediu ao namorado para ir dar uma volta. Já sozinha, a jovem foi à tenda de apoio «buscar um saco de plástico com o objetivo de nele colocar o bebé, conforme o plano que previamente traçara e que consistia nunca revelar a sua gravidez e o nascimento de um bebé com vida que pretendia matar». Afastou-se do local e caminhou em direção à discoteca Lux-Frágil, em Lisboa
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