Barbara Guevara, antiga jornalista da SIC Notícias, da TSF, da RTP e da Agência France Presse, alega ter sido “alvo de assédio sexual e abuso de poder durante anos”. Os crimes terão acontecido “sobretudo quando trabalhava em televisão enquanto jornalista, na SIC”.
A denúncia foi feita pela suposta vítima, este domingo, no Twitter. “Ao longo desse tempo, outras miúdas confidenciaram-me relatos semelhantes, com as mesmas ou outras pessoas”, acrescenta Barbara Guevara, que também já assumiu a condução das manhãs da estação de rádio M80.
A antiga jornalista recorda que, aos olhos da lei, “os casos de abuso sexual e assédio prescrevem ao fim de seis meses”. Algo que, entende a própria, não faz sentido. “Sabem quanto tempo precisa uma pessoa de perceber o que aconteceu? Sabem quanto tempo mais uma pessoa precisa para ter coragem para falar? A lei precisa de ser revista JÁ, para que estes gajos parem JÁ”, defende.
Na sequência deste relato, um internauta afirma que se “devem dizer os nomes” de quem terá exercido assédio sexual e abuso de poder sobre Barbara Guevara. Até porque, “sem nomes, temos que presumir que são todos culpados”. A visada não concorda. “Algumas das pessoas não eram da SIC e outras que o eram já transitaram para outros canais. É transversal ao meio e não a uma ‘casa’ em particular. E não, não devo dizer nomes, porque seria difamação. Devemos, sim, falar disto, como sociedade, para se educarem as mentalidades”, diz.
Barbara Guevara mudou de vida em 2017. Atualmente, segundo o seu site, é professora de meditação, psicoterapeuta e formadora de Mindfulness, sendo ainda professora de Yoga. A TV 7 Dias tentou obter uma declaração da SIC sobre o assunto, sem sucesso até ao momento.
Sofia Arruda também denunciou assédio sexual
No programa da SIC “Alta Definição”, em entrevista a Daniel Oliveira, a atriz Sofia Arruda também disse ter sido vítima de assédio sexual. A sua recusa levou-a a estar afastada da televisão durante vários anos.
“Eu sabia que não estava a ser escolhida devido a uma aproximação de uma pessoa com muito poder dentro de uma estação de televisão, dentro de uma produtora, que queria uma atenção que não era profissional. Tentou que houvesse ali mais alguma coisa e, no início, eu não percebi. Achei que era uma questão profissional porque a primeira abordagem foi de um almoço, para falar sobre um projeto. Nunca chegou a acontecer e ainda bem”, afirmou.
A aproximação era muito insinuante. “Era uma mão, num cumprimento, que ficava num sítio que não era suposto, ou um beijo, num cumprimento, que me deixava constrangida”, recordou Sofia Arruda.
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Texto: Dúlio Silva; Fotos: reprodução redes sociais
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