É dos atores mais queridos do público português e está em Portugal para estrear a peça de teatro Tribos, a 10 de setembro no teatro Tivoli, em Lisboa. António Fagundes não vem sozinho. Com ele traz o filho, Bruno, com quem partilha esta comédia perversa sobre uma família disfuncional onde o conflito reside na dificuldade de comunicar. Esta é a terceira vez que pai e filho contracenam juntos.
VIP – Como é a vossa relação pessoal?
António Fagundes – A nossa relação de pai e filho foi sempre muito harmoniosa e acho que isso contribuiu para que a relação profissional fosse mais fácil. Nós sempre nos demos muito bem. Trabalharmos juntos foi uma surpresa para mim porque eu descobri no Bruno um profissional de teatro tão apaixonado quanto eu. Ele gosta do que faz, pesquisa, é muito disciplinado. Eu não paro de procurar novas formas de fazer e ele também é assim. E ainda bem que ele é assim, porque identificamo- nos perfeitamente.
O Bruno é muito parecido consigo?
AF – Eu acho que nós pensamos a profissão de forma bastante parecida, mas eu tenho de profissão o dobro da idade dele. Portanto, talvez eu tenha muita coisa para aprender com ele (risos).
Bruno Fagundes – É muito bom trabalhar com o meu pai. Sempre o admirei muito, segui o percurso profissional dele e sou um conhecedor de todos os seus trabalhos. Tenho muito orgulho no trabalho dele e respeito-o muito. Poder contracenar com ele é muito bom, porque consigo mostrar- lhe o meu valor. Além de trabalharmos bem, ainda nos conseguimos divertir juntos.
Trabalhar em família é fácil?
AF – Em palco é tudo uma questão de nos ouvirmos uns aos outros.
Deixam de ser pai e filho e passam a ser colegas?
BF – Completamente. Se nós levarmos a nossa relação pessoal para o trabalho não conseguimos exercer a nossa função. Nesta peça, nós temos uma relação muito conflituosa. Se fossemos pai e filho nunca iríamos conseguir recriar isso no palco.
O António tem quatro filhos, mas só o Bruno seguiu a profissão de ator. Teria ficado triste se nenhum deles quisesse representar?
AF – Não, o que nós queríamos era que eles fossem felizes. Sempre tivemos cuidado para não impormos nada. Cada um escolheu o seu caminho.
Como surgiu a oportunidade de trazerem Tribos a Portugal?
AF – Portugal está sempre na nossa cabeça. Já cá estive a trabalhar três vezes.
BF – Eu vim sempre com ele.
Por cá ainda vemos o António como o César de Amor à Vida (SIC). Que balanço faz desse personagem?
AF – O César ia morrer no episódio 40, mas o autor percebeu novos caminhos para ele e acabou por ficar até ao final. Ele foi sendo construído e acabou por ficar um personagem muito marcante dentro da história. É homofóbico, violento com a família, mas completamente apaixonado pela Aline [Vanessa Giácomo]. É um personagem rico. Foi muito divertido de fazer.
Gostou do final que o César tem?
AF – Muito, e acho que o público vai gostar também. A cena final da novela é uma das mais emocionantes dos últimos anos.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Paula Alveno
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