Julian Cadman, o menino autraliano-britânico que se encontrava desaparecido, é uma das vítimas mortais, já confirmadas, do ataque terrorista em Barcelona. Com apenas sete anos, o menino encontrava-se em Barcelona para um casamento da família e no momento do ataque estava com a mãe.
A família confirmou este domingo, dia 20 de agosto, a triste notícia. Após a confirmação foi deixada uma mensagem comovente em homenagem ao menino.
“Julian foi um membro muito amado e adorado da nossa família. Enquanto desfrutava da paisagem de Barcelona com a mãe, Julian foi-nos tristemente roubado. Estava cheio de energia, era divertido e relaxado, fazíamo-nos sorrir sempre. Fomos muito abençoados por ter tido isso nas nossas vidas e lembraremos o seu sorriso e vamos manter a memória dele nos nossos corações. Gostaríamos de agradecer a todos que nos ajudaram a procurar o Julian. A vossa bondade foi incrível durante um momento tão difícil.”
A mãe do menino foi levada para o hospital com ferimentos graves e antes de perder a consciência disse aos empregados que tinha estado com o filho, lançando assim o alerta.
As notícias que surgiram deste desaparecimento
No sábado, surgiam notícias de que Julian Cadman, o menino de sete anos que se perdeu da mãe na altura do atentado em Barcelona, tinha sido encontrado.
No entanto, essas notícias revelaram-se falsas e este domingo, 20 de agosto, quatro dias depois do atentado, as autoridades espanholas confirmam que o menino de sete anos está entre as 14 vítimas mortais.
O pai de Julian, Andrew Cadman, recebeu a notícia da morte do filho assim que aterrou em Espanha. A confusão sobre o paradeiro do menino instalou-se porque havia pistas contraditórias sobre a procura de uma criança com as características de Julian.
Britânico viu Julian já morto
A triste história de Julian Cadman tem contornos ainda mais horrosos porque, desde o dia do atentado, existia uma imagem da criança já sem vida. Harry Athawal, cidadão britânico que se encontrava no local onde se deu o atentado e que saiu do seu hotel para acudir o menino.
Em declarações ao Daily Mirror, Harry contou que, quando chegou ao pé de Julian, a criança já estava morta.
“Ele estava inconsciente, a perna estava dobrada para o lado errado, havia sangue a sair da cabeça, eu sabia que era mais do que sangue. Senti-lhe o pulso mas ele não tinha batimento cardíaco. Coloquei-lhe a mão nas costas e pensei que ele tinha morrido. Afaguei-lhe o cabelo, a chorar desalmadamente, mas fiquei com ele. Fiquei ali sentado porque não ia deixar aquela criança no meio da rua”.
A imagem foi capa do tablóide britânico Daily Mirror este sábado. O jornal escreveu que se tratava de um pai ao lado do filho. Afinal, era Harry, que quis acompanhar os momentos finais de uma criança que nem sequer conhecia.
Fotos: D.R.
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