Morreu Artur Albarran, antigo jornalista e apresentador de televisão. Tinha completado 69 anos no dia 16 de janeiro e lutava contra um cancro desde 2019. A notícia do seu desaparecimento foi confirmada, esta quarta-feira à tarde, pela CNN Portugal.
Em novembro do ano passado, Artur Albarran tinha dado entrada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. O antigo jornalista tinha sido levado de urgência para aquela unidade de saúde por ter contraído uma meningite e, na altura, estava com prognóstico reservado. O Correio da Manhã escreve que a personalidade da televisão nunca recuperou totalmente do problema de saúde.
A par da meningite que contraiu e que o atirou, então, para a cama de um hospital, o antigo jornalista travava uma batalha contra um cancro há três anos. E a verdade é que a luta contra a doença oncológica era já longa.
Artur Albarran travou uma primeira batalha há uma década e, depois de aparentemente recuperado de um mieloma múltiplo, uma espécie rara de cancro, o seu estado de saúde levou-o, há três anos, a ser submetido a um transplante de medula óssea. “Passados oito anos, mais uma vez umas semanas num quarto bolha, em isolamento hospitalar para segundo transplante de medula óssea. É como nascer outra vez. Espero sair daqui como novo”, escreveu, então, em 2019.
A saúde pregou várias partidas ao antigo profissional de rádio e televisão. Ainda em agosto do ano passado, foi diagnosticado com COVID-19, levando-o a lutar pela vida na unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Amadora-Sintra.
Artur Albarran ingressou os quadros da RTP nos anos 1980 e fundou o programa “Grande Reportagem”. Foi o enviado especial do canal à Guerra do Golfo, em 1991, e, no ano seguinte, acompanhou também o conflito na Somália. Em 1993, mudou-se para a TVI e, três anos depois, assinou com a SIC, onde troca a Informação pelo Entretenimento e se torna no rosto de vários programas, como “A Cadeira do Poder” e “Acorrentados”.
Em 1997, Artur Albarran abandonou o mundo da televisão e tornou-se empresário. Em 2005, foi alvo de uma investigação do Ministério Público, suspeito de branqueamento de capitais e falsificação de documentos. Chegou a ser detido pela Polícia Judiciária por suspeita de crimes económicos e branqueamento de capitais, mas nunca houve uma acusação. Depois da detenção, saiu com termo de identidade e residência e, ao fim de sete anos, o caso foi arquivado.
Texto: Dúlio Silva com Patrícia Correia Branco; Fotos: Arquivo Impala
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