António Raminhos fala da doença
«Às vezes estou melhor, outras pior. Agora estou pior»

Nacional

O humorista António Raminhos partilhou um longo desabafo com os fãs onde falou sobre o que o assusta: «É uma doença da qual ainda não me livrei»

Qui, 18/10/2018 - 8:36

António Raminhos tem por hábito utilizar as redes sociais para partilhar com os fãs momentos de humor, muitos deles ao lado das filhas. 

Esta quarta-feira, 17 de outubro, o tema não foi este e o humorista recorreu ao Instagram para um raro momento de reflexão.

A acompanhar uma fotografia onde surge de perfil com o microfone na mão, Raminhos escreveu sobre os “fantasmas que o assustam”.

«O não querer desiludir os outros é a maior enfermidade de grande parte de nós, seja qual for a área profissional ou pessoal. É uma doença da qual ainda não me livrei», começou por explicar.

«Às vezes estou melhor, outras pior. Agora estou pior. Fico sempre assim quando aceito o desafio de salas grandes como Coliseu ou Arena de Évora, como vou fazer em Novembro. Sei que este espetáculo é melhor do que As Marias, porque toda a gente me diz, sei que gosto de o fazer, mas isso não impede de me sentir uma m**** ou que não sou capaz. E as comparações? É o pior de tudo!», pode ler-se na legenda. 

«Não é isso que me impede de fazer as coisas, por muito que me apeteça desistir»

António Raminhos já revelou, em tempos, que sofre de um problema de saúde: um Transtorno Obsessivo Compulsivo. Esta doença piora quando se sente ansioso, muitas das vezes por motivos profissionais.

«Tenho inveja de quem se consegue abstrair. E é nestas alturas que mais se liga às pessoas que dizem que não prestamos, somos fracos, não temos piada. Zumbem nos ouvidos como melgas à noite… e todas, ou quase todas, nunca sequer me viram ao vivo. É assim, sempre foi, mas não é isso que me impede de fazer as coisas, por muito que me apeteça desistir! Vêm os desafios e eu aceito apesar deste sofrimento e medo de incompetência», partilhou com os fãs.

O humorista terminou a publicação em tom de brincadeira, agradecendo o apoio de quem admira o seu trabalho: «Faltam agora os hashtags Deus no Comando. Ele até pode estar no comando, mas se eu largar o volante bate na mesma. Obrigado sincero a quem está desse lado e um abraço de solidariedade a quem navega no mesmo barco».

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Fotos: Reprodução Instagram

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