António Bravo saltou para a ribalta ao participar no “Big Brother 2021”, no qual ficou em segundo lugar, e voltou aos holofotes da fama no “Big Brother – Desafio Final”. No entanto, a alegria e as gargalhadas com que habitou os telespectadores escondiam, por vezes, alguns ‘fantasmas’ interiores e o ex-concorrente revela agora que passou por uma fase complicada depois do primeiro reality show, confessando também que teve três depressões ao longo da vida.
Quando saí da primeira edição [“Big Brother 2021”], tive a oportunidade de voltar ao meu trabalho, mas houve muito zunzum à minha volta, de que ia ter muita coisa para fazer a nível da televisão. Criei muitas expetativas. Na altura, face ao que se dizia, estendi a minha licença e fui apalpar terreno”, começou por contar a uma revista semanal.
Questionado se ficou desiludido, António Bravo responde que sim: “De certa maneira, fiquei. Sou muito realista e sei que é muito difícil um concorrente de reality show vingar em televisão e quando entrei nunca foi com esse intuito. Mas, quando várias pessoas, de vários espetros da área e próximas, me começaram a falar de poder fazer outras coisas em televisão, criei expetativas. Não devia! E as coisas não aconteceram”.
Nos meses que se seguiram ao final do primeiro BB em que entrou, António Bravo “estava na merd*”, como o próprio assume. “Foi ele [Lu, o namorado] que segurou o barco sozinho. Eu estava ali apenas a existir. Eu estava preparado para a parte da fama, isso foi fácil. As esperanças que criei é que foi o pior. Eu, que nunca as tinha criado, entrei naquele delírio”, disse.
António Bravo: “Foi um desgosto de amor”
Depois de sair do “Big Brother – Desafio Final”, António Bravo teve outra atitude. “Agora estou a trabalhar, ocupado, estou bem, com a cabeça num bom sítio. Foi uma maneira de me proteger. Decidi que não ia criar expetativas, porque a depressão afinal não é uma novidade para mim”, disse à TV Guia, revelando depois que sofreu com este grave problema de saúde em três fases da sua vida: aos oito ou nove anos, aos 12 e aos 27.
“Em miúdo, era porque os meus pais eram separados e por o meu pai não viver em Portugal. Lidei muito mal com aquilo. Depois, na adolescência, foi de me tratarem mal, chamando-me maricas, bullying. Eu sabia lá o que era. Nem sabia a quantas andava. Era miúdo e não percebia porque é que os miúdos insistiam naquilo. E aos 27 foi um desgosto de amor”, explicou.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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