Nuno Azinheira (N.A.): Os Anjos fizeram 23 anos em outubro. Como é que ainda se aturam?
Nelson Rosado (N.R.): [risos] É verdade, é muito ano junto [gargalhada]. Aturamo-nos por causa da relação familiar e pessoal que temos, que é muito forte. Fomos sempre habituados a convívios. Tivemos sempre muita gente em casa, muita família. Isso fez com que a relação profissional corresse bem.
N.A.: Mas não pode correr sempre bem…
N.R.: Nem sempre. Nós temos os nossos desaguisados normais.
Sérgio Rosado (S.R.): Que nos enriquecem.
N.R.: Sim, enriquecem. Porque temos uma capacidade diferente de os resolver.
N.A.:Deixem lá de ser politicamente corretos. Já houve algum momento que podia ter sido fraturante?
S.R.: Sim, já. Mas foi algo que, mais uma vez, conseguimos recuperar e fortalecer. Conseguimos perceber qual era o caminho certo. Houve uma altura em que inclusivamente morávamos praticamente juntos, um por cima do outro. Ou seja, vivíamos juntos, trabalhávamos juntos…
N.R.: Íamos de férias juntos [risos].
S.R.: É uma relação que consideramos muito saudável. E é muito interessante, porque, no trabalho, também conseguimos separar a questão familiar. Respeitamos o espaço profissional e perfecionista um do outro, e percebemos o quão importante ele é.
N.A.: Na vossa vida pessoal também estão sempre juntos?
N.R.: Já estivemos mais juntos. Mas depois começa a haver outras variáveis, nomeadamente a família. Antigamente, no Natal, passávamos a noite de 24 e o dia 25 todos juntos. A partir do momento em que encontrámos as nossas caras-metades, o plano mudou um pouco. Já não passamos juntos o dia 25. A noite de Natal, sim. Mas o dia a seguir já cada um de nós está com os sogros, por exemplo.
Leia a entrevista completa na Nova Gente que está nas bancas.
Entrevista de Nuno Azinheira; Fotos: Zito Colaço
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