Nos últimos anos, Ângelo Rodrigues tem divido o seu tempo entre a representação e grandes viagens. Depois de ter, em viagens, conhecido o “irmão de Pablo Escobar” e de ter vivido “uma experiência de sobrevivência na Amazónia”, o ator decidiu “procurar uma experiência de voluntariado que nunca tivesse feito”.
Foi assim que Ângelo se juntou à Organização Não Governal portuguesa Helpo e partiu rumo à região de Nampula, na ilha de Moçambique, para dar aulas de expressão dramática a crianças entre os 5 e os 6 anos e entre os 10 e os 12.
“As pessoas não têm noção. Elas (crianças) não têm mesmo nada e qualquer coisa que nós possamos fazer é muito. É uma sensação também um pouco agredoce e também inglória. Tu pensas que vais salvar o mundo mas não vais. Mas se cada um de nós pensar que consegue fazer do mundo um lugar melhor, já é um começo”, explicou o ator.
Apesar de ter sido uma algo gradual, Ângelo Rodrigues acabou por registar em vídeo toda a sua experiência. Com o apoio da Helpo e da Revista Visão, compilou as suas imagens e partilha-as agora, num documentário de 40 minutos. Com o objectivo de incentivar mais pessoas a fazerem voluntariado lá fora, usou apenas um telemóvel, uma Gopro e uma câmara, tornando-se o realizador e protagonista do documentário A Terra de Mil Sonhos.
“A pobreza é um cliché, tal como a falta de horizontes dos miúdos. Eu estava no distrito de Nampula, que tem mar a 200 km e havia crianças que nunca na vida tinham visto o mar e o sonho delas era esse”, referiu o ator quando questionado sobre o que o chocou na realidade moçambicana.
Aos 29 anos, Ângelo Rodrigues espera ter deixado às crianças com quem trabalhou “esperança e a ideia de que é possível fazer e ser qualquer coisa na vida” O ator da série da RTP, Ministério do Tempo, garantiu ainda que este não será o seu último projecto de voluntariado e que eventualmente terá de voltar a Moçambique:
“Terei de voltar um dia para ver os meus putos, a minha tropa, como é que eles ficaram!”
Clique na galeria, veja as fotos do lançamento do documentário de Ângelo e quem sabe se este não era o incentivo de que estava à espera para pegar nas malas e ir ajudar quem mais precisa!
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