Depois de ter passado alguns meses no Nepal, onde esteve a dar aulas de inglês num templo budista, Ângelo Rodrigues decidiu prosseguir pela Ásia e agora está no Camboja. Como tem feito desde o início dessa experiência, tem pondo os seguidores a par das suas aventuras e decisões. Agora, encontra-se a fazer trabalho comunitário numa ONG que apoia elefantes.
“Em Koh Rong, na parte setentrional da ilha, o supra-sumo da preguiça teve um lampejo de lucidez: ‘porquê pagar uma fortuna por uma casa arrendada em Lisboa quando aqui tenho o que preciso a um terço do preço?‘. Acabei por ficar um mês neste pedaço de paraíso, privado de mordomias ocidentais, tchilando apenas num bungalô”, começou por escrever.
O ator de 35 anos falou sobre as condições que passou. “Não havia eletricidade, chuveiro ou água canalizada. As condições eram roots, tipo Mogli na floresta. Considerando a minha rotina, achei pertinente fazer um elogio à arte de não fazer nenhum”.
“Não se deixem enganar, o ócio não representa apenas o alheamento da vida real. É uma configuração humana igual a tantas outras que permite que a alma se conduza a ela mesma. Faz parte da nossa natureza contemplativa que é indispensável para a experiência terrena. Não devemos resignar-nos com a sua aparente inutilidade. Em última instância, o ócio ajuda-nos no mais importante, a perpetuar a complexa tarefa de viver”, concluiu.
Texto: Vânia Nunes; Fotos: Instagram Ângelo Rodrigues
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