Ângelo Rodrigues voltou a pisar uma passerelle e a desfilar num evento de moda um ano depois de ter estado entre a vida e a morte. Esta é mais uma conquista para o ator, que aos poucos está a recuperar as atividades que tinha antes de ser internado com uma infeção generalizada, em 2019. Ângelo Rodrigues foi uma das celebridades que apresentou a nova coleção do estilista Gio Rodrigues.
No documentário Ângelo Rodrigues – Toda a História, exibido recentemente pela SIC, o ator explicou finalmente tudo o que aconteceu, dizendo que a infeção que o deixou em coma foi provocada por injeções que trouxe do Brasil e que administrou a ele próprio.
«Estava a morar no Rio de Janeiro, sentia que as expetativas que eu tinha para a minha carreira não estavam como eu queria. Isso gerou alguns períodos de desalento, alguns pensamentos depressivos, falta de concentração, no fundo era uma angustia existencial. Com isto eu senti que precisava de ajuda. Até que houve um dia em que emocionalmente desabei. Esta felicidade que todos nós projetamos [nas redes sociais] não corresponde à realidade…»
«Foi aí que me falaram do tratamento de reposição hormonal. Procurei uma clínica, fiz testes ao sangue, acabou por confirmar-se que era uma descompensação no sistema endócrino. Iniciei o tratamento. Eu não tinha qualquer julgamento em relação ao tratamento que ia fazer, atentando que foi por questões de saúde… fiz os primeiros tratamentos na clínica, de injeção intramuscular. Depois, surgiu trabalho em Portugal e eu não queria parar o tratamento. E foi essa decisão que acabou por desencadear tudo o que aconteceu».
«Tenho plena noção da magnitude do meu erro. Perguntei ao endocrinologista se podia continua o tratamento em Portugal e ele acedeu. Foi esta decisão de querer continuar este trabalho em casa que acabou por ser o princípio do fim. O mau manuseamento do material que eu fiz em casa foi o que acabou por escalar a minha condição física. Não o deveria ter feito. Não sendo profissional e sendo amador, foi de uma ignorância atroz».
«Foi mesmo do mau manuseamento do material, não foi sequer da validade do produto, ou a qualidade. Foi mesmo o ser eu profundamente ignorante e fazer o mau manuseamento que acabou por ditar o meu fim.»
Texto: Ricardina Batista; Fotos: DR
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