Andreia Rodrigues é mãe de Alice, nascida a 30 de maio de 2018. A mulher de Daniel Oliveira é uma mãe feliz, mas não esquece os dois bebés que perdeu devido a abortos espontâneos.
«Para as mães que perdem os filhos, os filhos que nascem são os nossos bebés arco-íris», explica. Andreia Rodrigues confessa que tanto ela como Daniel Oliveira sempre quiseram ser pais e que «nos momentos mais difíceis» tornam-se mais fortes. «Nós unimo-nos, fundimo-nos mais», garante.
Lidar com a interrupção involuntária de duas gravidezes deixou uma grande mazela em Andreia Rodrigues e o luto foi sendo feito ao longo do tempo.
«É sempre doloroso. A partir do momento em que vem um teste positivo, eu sinto assim: nós passamos a ser mãe», explica. «Da primeira vez foi um misto. Foi logo numa fase muito inicial. Dar essa notícia é terrível. Dizer que afinal já não estou grávida», confessa, relembrando que na altura estava a fazer o Grande Tarde, da SIC, e que teve de contar a Júlia Pinheiro a um membro da produção.
«Aquilo era um sinal de fraqueza»
Da segunda vez que sofreu o aborto, a apresentadora afirma que sentiu instantaneamente. «Eu soube, tive a certeza que tinha perdido o meu segundo bebé, no dia do meu aniversário. E tudo aquilo foi muito difícil», explica. «Aquilo era um sinal de fraqueza. Quase como se eu, enquanto mulher, estivesse em causa, porque não era capaz. Como se aquele peso fosse só meu», assegura.
A apresentadora sofreu «dois abortos retidos» e por isso teve de passar pelo processo de cirurgia. «Tive que ser internada. Lembro-me de quando acordei no recobro percebi que já não estava dentro de mim… porque até ali há uma esperança», recorda. A recuperação, depois da intervenção cirúrgica, foi feita ao lado de mulheres que tinham acabado de ser mães e, apesar de não ter inveja, a apresentadora não queria lidar com tudo aquilo. «Estava feliz por aquelas mulheres mas eu não as queria ouvir. É um misto de: ‘ok, que bom. Mas eu não quero ouvir estes bebés a chorar. Não quero ouvir estas pessoas a rir. Não quero. Deixem-me», conta.
Para lidar com o luto, Andreia Rodrigues confessa ter recorrido à terapia. «Acho que o luto é um processo. Como já tinha feito terapia por outras razões, mais uma vez recorri. Precisava de falar de coisas que são demasiado nossas. Há coisas que eu nunca disse sequer ao Daniel. A ninguém», afirma.
«Tinha que passar por aquilo que passei, para que a Alice fosse minha filha»
À terceira foi de vez e Andreia Rodrigues descobriu que estava grávida de Alice, uma gravidez vivida «com medo». «Tinha medo de viver uma felicidade que, a qualquer momento, me podia ser roubada», explica.
Na altura em que finalmente teve a filha nos braços, a apresentadora afirma que foi um momento inexplicável. «Para mim, a Alice nasceu a rir. Quando os meus olhos de cruzaram com os dela, percebi que a Alice tinha de ser minha filha. Tinha de ser ela. Tinha que passar por aquilo que passei, para que a Alice fosse minha filha. Nós estávamos destinadas uma à outra. A Alice é a minha mestre na vida», termina.
Texto: Redação WIN – Conteúdos digitais| Fotos: Redes Sociais e Impala
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