É em La Finca, um dos condomínios mais exclusivos e mais seguros da Europa, que Fábio Coentrão, de 23 anos, vive, com a mulher, Andreia Santos, de 27, e a filha, Vitória, de um ano e cinco meses, desde que em julho deste ano trocou o Benfica pelo Real Madrid, clube pelo qual assinou por seis temporadas, para concretizar “um sonho de menino”.
Quem não pertence a este condomínio – um dos mais caros de Espanha, situado perto de Madrid – , precisa de ter autorização de quem ali vivi para entrar. Afinal, este é o espaço onde se podem encontrar mais estrelas (do mundo do futebol e não só) por metro quadrado, como os portugueses Cristiano Ronaldo e José Mourinho, mas também o futebolista brasileiro Kaká (que alinha pelos merengues) ou o cantor Alejandro Sanz.
Lá dentro reina a calma (aqui não há paparazzi!), no meio de um cenário onde as casas têm todas um estilo muito similar e onde existem muitos espaços verdes com lagos artificiais. Agentes de segurança percorrem o recinto de cinco em cinco minutos, dia e noite, e câmaras de videovigilância registam tudo o que se passa neste espaço que já foi apelidado de o “bunker glamoroso e seleto”. E foi na nova casa de La Finca que Fábio Coentrão recebeu a VIP e nos contou como vai ser o seu Natal e quais os objetivos que ainda gostaria de concretizar, como a abertura de uma clínica na Póvoa do Varzim dedicada à Terapia da Fala. “Será o nosso futuro quando o futebol acabar”, revela.
VIP – Jogar pelo Real Madrid era para o Fábio um sonho de criança. Como tem vivido esse sonho?
Fábio Coentrão – Sim, posso dizer que é um sonho de menino. Acho que qualquer futebolista sonha em jogar no Real Madrid por ser um grande clube. Estou a adaptar-me bem, por isso posso dizer que estou a viver este sonho em pleno.
Como é sentir o carinho dos adeptos, tanto dos madrilenos como dos portugueses da Seleção Nacional?
FC – É sempre bom sentir o carinho dos adeptos, seja aqui ou em qualquer parte do mundo, mas, como é óbvio, dá sempre um gosto maior quando isso acontece no nosso país. É sinal de que somos reconhecidos pelo nosso trabalho e pela nossa dedicação.
A nível futebolístico, o que lhe falta alcançar?
FC – Ainda me faltam alcançar alguns prémios, gostava de ganhar tudo o que fosse possível.
Com todo o apoio que recebe de Vila do Conde, sente-se mesmo o “menino de ouro das Caxinas”, como é apelidado?
FC – Sou muito bem tratado na minha terra, sinto que as pessoas me acarinham muito e que reconhecem bastante o meu valor. Isso deixa-me muito feliz. É sempre bom as pessoas darem valor ao nosso trabalho, ainda para mais quando nos esforçamos todos os dias.
Mudar de clube implicou mudar de País. Está em Madrid com a sua mulher e filha. Andreia, como
encarou esta mudança? Sente muitas saudades da família?
Andreia Santos – Como a palavra mudança indica, muita coisa se alterou, como as rotinas e as pessoas que rodeiam a nossa vida. Mas posso dizer que a adaptação não está a ser má. Encontrámos pessoas muito boas que nos ajudaram imenso e só tenho de agradecer-lhes. Quanto à família, é normal sentir saudades. São as pessoas mais próximas que temos e que sempre fizeram parte da nossa vida. Esses nunca os conseguimos esquecer em momento algum. Fazem-nos imensa falta, mas, como tudo na vida, as coisas contornam-se da melhor maneira, com umas visitas quando é possível.
Demoraram muito a eleger o local onde iam viver?
FC – Não, a escolha foi sem dúvida fácil. Escolhemos o condomínio de La Finca porque aqui temos uma segurança que nos deixa muito tranquilos e isso é muito importante para nós. Este é um local calmo.
Portanto, é o local ideal para o crescimento da Vitória?
AS – Sem dúvida. Daí nem termos pensados duas vezes quando escolhemos este condomínio.
Inicialmente estavam numa casa alugada, mas depois decidiram comprar casa. Porquê?
AS – Foi uma decisão tomada em conjunto, porque podemos ter de viver em Madrid pelo menos seis anos. E a casa é mesmo ao nosso gosto. É muito acolhedora e está no melhor sítio por onde já passámos.
Como é o dia-a-dia em La Finca?
AS – É muito calmo. As pessoas andam pouco na rua, só mesmo ao final do dia é que vemos pessoas, ou melhor, crianças na rua.
Têm muito contacto com a cultura madrilena? O que mais apreciam?
AS – Basicamente a nossa vida é como em Portugal. Passamos muito tempo por casa. Mas adoramos um bom jantar com amigos, num ambiente mais familiar. Sabe sempre bem usufruir da tranquilidade de La Finca.
Vivem ao lado de vários portugueses, como José Mourinho e Cristiano Ronaldo. Convivem bastante entre vocês?
FC – Sim é verdade, convivemos todos.
Sei que pensam abrir uma clínica especializada em Terapia da Fala na Póvoa do Varzim, em que ponto está este projeto?
FC – Está tudo encaminhado. Em breve deveremos iniciar a obra. Depois, assim que acharmos que é o momento ideal e que estão reunidas todas a condições para a abertura deste novo espaço, aí sim, abrimos. A clínica é um sonho que queremos muito realizar, será o nosso futuro, para passarmos o nosso tempo quando acabar o futebol. E não deixa de ser o realizar de um sonho da Andreia, já que ela é licenciada na área da Saúde e adora tudo o que esteja relacionado com ajudar e tratar de pessoas.
Mas neste momento a Andreia está dedicada a 100 por cento à Vitória?
AS – Sim, tenho aproveitado para ser mãe a tempo inteiro.
E como está a vossa filha?
AS – Esta ótima, uma verdadeira traquina. Já começa a fazer as birrinhas próprias da idade, assim como gracinhas. Todos os dias aprendemos coisas novas com ela, assim como ela connosco. A Vitória é sem dúvida a luz dos nossos olhos. É maravilhoso ter uma filha como ela. Começa agora a dizer as primeiras palavras. É muito engraçado.
Como é que reage quando o pai marca um golo ou quando o vê na televisão?
AS – Levanta os braços e diz “golo”, seja quem for a marcar. Ela vibra mesmo é com os golos. Depois, sempre que vê o pai na televisão ou publicidade de futebol aponta para a televisão e diz “papá”.
E o Fábio, já lhe ensinou a dar toques na bola?
FC – Sim, mas ela gosta mais de brincar com as bonequinhas dela e adora fazer pinturas ao jeito dela.
Este ano o Natal vai ser em Madrid ou em Portugal?
AS – Vai ser passado em Portugal com as nossas famílias. E este ano será mais especial porque a Vitória já percebe melhor tudo o que a rodeia. Ela adora presentes. Vai ser uma animação diferente dos anos anteriores. E também porque será passado na nossa casa em Vila do Conde.
No Natal não dispensam a tradição?
AS – Não, nem a família. Os nossos pais e irmãos são muito importantes nas nossas vidas. Aproveitamos também para matar saudades. É uma semana em que podemos estar todos os dias com eles.
Até hoje, qual foi o vosso melhor presente?
FC – Sem dúvida alguma: a Vitória. É um presente que Deus nos deu e que podemos “usufruir dele” todos os dias com todo o amor que há no mundo.
Como recordam os Natais de infância?
AS – Foram sempre com a família, muito tradicionais, mas com muita alegria. Não sei explicar, mas o Natal traz-me uma nostalgia diferente, fico com espírito muito natalício e isso nota-se. É a época do ano que mais aprecio.
Serem pais deu um brilho especial ao vosso Natal?
FC – Não só ao Natal, mas a todos os dias do ano. A Vitória é tudo de bom que temos na vida.
Quando está em campo a quem dedica as vitórias? À Vitória?
FC – São sempre dedicadas à minha filha e à Andreia. Elas são os meus pilares. Estão sempre comigo nos momentos e sei que posso sempre contar com o apoio delas, em tudo na vida. Não dispenso esse apoio, que considero importante e fundamental. Elas dão cor e encanto aos meus dias.
A Andreia e a Vitória são certamente as suas melhor adeptas?
FC – Sim, tanto no início como no final dos jogos. Sempre que podem vão ao estádio, mas aqui as partidas são muitas vezes tarde e quando isso acontece a Andreia fica por casa com a Vitória. A menina ainda é muito pequena e precisa de descansar. Mas eu sei que ficam em casa a torcer por mim.
Diz que foi a Andreia que o ajudou a ser um grande jogador. Porquê?
FC – Deu-me estabilidade, fez-me crescer como pessoa e tudo isso fez com que estivesse mais calmo e concentrado no meu trabalho. É um grande pilar na minha vida em todos os sentidos.
Que balanço fazem de 2011? O que mais vos marcou?
AS – Foi um ano muito positivo. Só temos de agradecer a Deus por tudo de bom que nos tem dado. Se for sempre assim não nos podemos queixar.
No ano passado, o Fábio já falava num menino, num futebolista. Este é um projeto para realizar em 2012?
FC – Só o tempo o dirá, mas um menino está nos nossos planos. Se for outra menina também não ficamos nada tristes. Adoramos essa experiência. As meninas são muito doces, meigas, carinhosas e vaidosas, o que é muito engraçado.
Nota-se que o Fábio é um pai muito orgulhoso.
FC – É verdade, sou um pai muito presente e tento dar o melhor na educação da minha filha e nos miminhos. Faço tudo que esteja ao meu alcance para agradar à Vitória.
O que desejam para o próximo ano? Certamente que ganhar o Euro 2012 vai estar entre os objetivos?
FC – Isso seria muito, mas mesmo muito bom. Esperemos que isso aconteça, que consiga ganhar tudo que haja para ganhar. E que eu e a Andreia sejamos sempre assim felizes e que a Vitória tenha sempre muita saúde.
O que mais apreciam um no outro?
FC – A Andreia é calma, boa ouvinte, amiga, carinhosa e paciente. Aprecio muito isso.
AS – O Fábio é muito humilde e amigo. Identifico-me muito. Temos muita coisa em comum, para além de que é muito bem-disposto e muito animado.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Bruno Peres; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Ana Coelho com produtos Maybelline e L'Óreal Professionnel
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