Numa entrevista intimista concedida a Daniel Oliveira, na emissão deste sábado, dia 2 de março, do programa da SIC Alta Definição, Aldo Lima partilhou a forma como lidou com a morte de António Feio, de quem era «muito próximo».
«Não era muito próximo em trabalho, aos olhos do público, mas era pessoalmente. Estávamos muitas vezes juntos, passávamos férias juntos e saíamos juntos. E custou-me… muito. [A morte dele] Custou-me muito», assume o humorista, de 44 anos, que continua a felicitar publicamente o amigo e colega de profissão no dia do seu aniversário, assinalado a 6 de dezembro. «Continuo, claro», confirma a Daniel Oliveira.
Também no Alta Definição, Aldo Lima relatou as duas últimas vezes em que esteve pessoalmente com António Feio. O ator, recorde-se, morreu a 29 de Julho de 2010, aos 55 anos, vítima de um cancro no pâncreas.
«Ó Aldo, Suíça não é com três ‘s’?»
A última «foi em casa dele», «já nos seus últimos dias» de vida, recorda Aldo Lima. «Estava a dar, na televisão, uma entrega de prémios internacionais e havia qualquer coisa da literatura portuguesa. E, no oráculo, estava o nome de um senhor e estava escrito Suíça com dois ‘s’. Ele [António] estava deitado no sofá, olha para a televisão e diz: ‘Ó Aldo, Suíça não é com três ‘s’?’», parafraseia. «Maravilhoso», classifica, em risos, o humorista.
Antes, houvera outro episódio. «Ele perguntou-me ideias para o nome do último livro dele. Todos os amigos escreveram alguma coisa e eu recusei-me a escrever e a enviar-lhe, porque achava mesmo que…», lamenta, para a seguir completar: «E ele diz-me assim: ‘O que é que achas de ‘Depois de apagar o maçarico’?’. Este foi o António Feio nos últimos dias. […] Foi sempre assim a vida toda.»
Texto: Dúlio Silva | Fotografias: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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