Alec Baldwin
Partilha desabafo de figurinista do filme “Rust” e coloca os pontos nos is sobre acidente

Internacional

Alec Baldwin recorreu às redes sociais para abordar, uma vez mais, o trágico acidente que aconteceu no dia 21 de outubro, durante a rodagem do filme “Rust”.

Qua, 03/11/2021 - 14:52

Alec Baldwin recorreu às redes sociais para abordar, uma vez mais, o trágico acidente que aconteceu no dia 21 de outubro, durante a rodagem do filme “Rust“. O ator matou acidentalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, ao disparar uma arma que não deveria estar carregada. 

Desta vez, o artista partilhou, no Instagram, a mensagem de uma figurinista do filme, Terese Magpale Davis, que comenta os vários assuntos que têm sido falados nos últimos dias, nomeadamente sobre as condições de trabalho. 

 

“Leiam isto”, pediu Alec Baldwin na legenda da publicação. “A história que está a ser contada de termos sido sobrecarregados e trabalhado em condições inseguras e caóticas é mentira”, começa por escrever Terese no longo texto. “Nunca trabalhamos mais do que 12,5 horas por dia. Isso foi uma vez. A maioria dos dias tinha menos de 12 horas”, afirma, revelando ainda que no dia do fatídico acidente “ninguém estava cansado demais para fazer o seu trabalho”. 

Sobre o alojamento da equipa durante as filmagens, a figurinista frisa que estavam instalados em hotéis, ao contrário do que circulou. Terese alega que a equipa “simplesmente” considerava que as unidades hoteleiras não “eram elegantes o suficiente”. “Não que fossem inseguros. Não me digam que seis homens ‘grandes’ se sentiam tão inseguros no hotel, mas estavam bem a dormir nos seus carros em estacionamentos (o que nunca aconteceu)”, comenta. 

Já em relação às contratações de “pessoas não sindicalizadas” para a equipa do filme “Rust”, Terese Magpale David avança que nada foi feito sem a aprovação do “sindicato”. 

“Mas como acham que as pessoas ganham essa experiência?”

A figurinista aproveita ainda o desabafo para falar da experiência da supervisora de armas Hannag Gutierrez-Reed, de 24 anos. “Foi aprendiz de um supervisor de armas conhecido e esteve na mesma posição, no mesmo tipo de filme alguns meses antes. Era a pessoa mais experiente? Não. As qualificações eram típicas de um nível um? Sim. […] Mas como acham que as pessoas ganham essa experiência? Todos nós tivemos um primeiro e um segundo emprego a dada altura das nossas vidas”, escreve, adiantando que a jovem tinha um ‘bom’ currículo e “ótimas referências”. 

Por fim, Terese confessa que está “de coração partido e furiosa” e que, apesar de sentir “raiva” de Dave Hallassistente de produção que entregou a arma a Alec Baldwin -, não o acusa de “não se importar com a segurança” dos colegas. “Nunca vou tirar da cabeça o som daquele tiro ou os gritos do meu diretor”, remata. 

Texto: Ivan Silva; Fotos: Reuters e redes sociais

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