Felizes com o crescimento de Kyle, Adelaide Sousa e Tracy Richardson são da opinião que os filhos não devem ser o centro do universo dos pais. Embora ainda presente na memória o susto que viveram aquando o nascimento do filho, a apresentadora e o fotógrafo americano revelam o desejo de voltarem a ser pais. Paralelamente, Adelaide confessa estar feliz com a apresentação do programa Entre Nós, na SIC Mulher. O mundo da representação, esse, também não está esquecido na sua vida.
VIP – O Kyle está prestes a completar dois anos. Como estão a viver o crescimento dele?
Adelaide Sousa – Até há pouco tempo era o centro do nosso universo, agora é hora de mudar um bocadinho isso, muito devagar, para ele não se ressentir. Julgo que seria um erro fazer com que a nossa vida tivesse como foco central o Kyle. Ele é muito importante e precisa da família, mas apesar disso também tem de ir incorporando a ideia de que há mais coisas que interessam os pais.
Como definem a personalidade dele?
É um bebé muito fácil e está numa fase muito gira. É muito palrador, curioso e interessado. Entretém-se sozinho a brincar. Faz as próprias piadas e ri-se. Isto contraria a opinião generalizada de que quando o temos sempre ao colo e não o deixamos chorar desalmadamente só para o “treinar” a dormir sozinho, criamos um bebé muito dependente. É exactamente o contrário!
Concorda com a teoria de que os filhos rapazes são mais apegados às mães?
Para desgosto do Tracy, a teoria confirma-se. Se tiver uma menina, ele depois vinga-se!
Visto o Tracy não falar português, educam o vosso filho em que língua?
Os bebés aprendem várias línguas ao mesmo tempo sem nenhum problema. Eu falo em português, o pai em inglês. Tudo corre bem.
De que forma aproveitam as horas de qualidade com o vosso filho?
Às vezes vemos as mudanças na vida como negativas, em especial quando parece que o trabalho diminui. No meu caso foi uma bênção poder ter dias inteiros sem compromissos e gozar a família que tenho. Agora começámos com a natação para bebés, uma actividade em família. Uma vez por semana juntamo-nos com um grupo de pais que também não tem os filhos no infantário, na biblioteca para bebés de Telheiras.
Ainda é cedo para matricular o Kyle num infantário?
Sim, apesar dos pedagogos não estarem de acordo quanto à idade ideal. Antes dos dois anos é seguro dizer que é cedo. Como temos alternativa, fizemos a melhor opção: mantê-lo longe do “infectário” (risos).
Sendo cristãos, já planeiam o baptizado do Kyle?
Essa é uma decisão de alguém que já sabe escolher entre o Bem e o Mal, o que não é o caso. É claro que espero que um dia o Kyle queira ser baptizado por ter experimentado a conversão, mas não queremos nunca que ele o faça por tradição. Antes ter um filho agnóstico do que vê-lo tornar-se num cristão só por aparência.
Quando olha para a sua família, o que sente?
Amor e gratidão, muita gratidão a Deus por nos ter guardado.
Ainda está presente o susto que apanharam durante o parto?
Infelizmente, sim.
Se fosse hoje repensariam a opção de ter o bebé em casa?
Repensaríamos a escolha da profissional de saúde que nos assistiu.
Desejam ter outro filho?
Sim, muito.
Estão juntos há dez anos. Que balanço fazem do vosso casamento?
Não sou nada saudosista, o Tracy é um bocadinho mais. Estamos concentrados e a olhar em frente. Estou convencida de que o melhor ainda está para vir.
Como é o Tracy como marido?
É um chato! Acho que é igual a todos os maridos. Não são todos chatos? (Risos).
A vossa relação ressentiu-se depois do nascimento do Kyle?
Nem por isso. Estamos a aprender a dividir o nosso tempo com o Kyle e, ao mesmo temo, a encontrarmos coisas que são só nossas. Não é fácil, a taxa de divórcios dispara a seguir ao nascimento de um filho. Acho que é porque queremos tanto voltar a ser como éramos que perdemos a oportunidade de nos reinventarmos como casal e como indivíduos. É inútil resistir a essa mudança!
Continuam a namorar ou são vítimas da falta de tempo?
Claro que sentimos falta de namorar, mas tudo bem, faz parte do tal processo. Temos de ser muito organizados e planear com antecedência coisas que antes eram espontâneas.
Vivem divididos entre Portugal e os Estados Unidos. Como é para o Tracy viver longe das suas raízes?
Essa é a parte mais difícil. Até para mim, que queria que o Kyle pudesse conhecer melhor a outra família. A minha sogra já é idosa e isso torna tudo mais difícil e doloroso. Recorremos a muitos telefonemas e a sacro-viagem em Agosto. São os nossos balões de oxigénio.
A Adelaide está com um novo programa, na SIC Mulher. Como é fazer o Entre Nós?
Acho que é visível que tenho imenso prazer no meu trabalho. A equipa toda é muito amiga e experiente, temos um excelente ambiente de trabalho.
É um programa intimista. O registo agrada-lhe?
Acho que se coaduna com a minha personalidade. A partilha de emoções nem sempre é confortável, até porque tento que os convidados nunca sintam que estamos ali para lhe extorquir umas lágrimas. Estamos cientes de que a linha que separa a partilha da devassa é muito ténue e nunca queremos cruzá-la. Às vezes podemos é pisá-la.
Para quando o regresso à representação?
Isso não depende de mim. Não tenho procurado trabalho nessa área, até porque estou muito feliz com o que faço e preciso de muita disposição mental e emocional para o Entre Nós.
Mas sente saudades da representação?
Às vezes, sim. Quando vejo uma personagem que me diverte ou inspira, gostava de poder fazer a minha parte. Mas sempre vivi a minha profissão com estes períodos de alternância, que me servem bastante bem.
Quando se dá a cara por um programa como o seu, também se representa. Concorda?
Todos representamos, não é? O convidado também, mas isso não quer dizer que sejamos desonestos, ou que queiramos enganar. Quer apenas dizer que tenho de fazer um exercício de empatia com o convidado e com o espectador, que pode ser semelhante ao da representação.
Consegue desligar-se facilmente do trabalho?
Eu acho que me desligo bem, o Tracy discorda. Se calhar tem razão, porque tendo a ser um bocado obsessiva. Tenho a mania de fazer tudo bem feito e isso é uma espécie de orgulho que não me serve de grande coisa.
O avanço da idade assusta-a?
Só pela perda das faculdades mentais, ou pela dificuldade motora natural a partir de uma certa altura. Quanto às rugas, ainda não penso muito nelas.
Texto: Micaela Neves; Fotos: Bruno Peres; Produção: Manuela Costa; Tita Costa com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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