21h01 > Conceição Lino apresentou já as intervenientes no debate sobre o programa Supernanny. Júlia Pinheiro, Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança (IAC), Rosário Farmhouse, da Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco (CNPDPCJ), e a psicóloga Cristina Valente assistem neste momento ao enquadramento internacional do formato, estreado no Reino Unido há 14 anos. Atualmente, Supernanny é transmitido em 22 países.
21h03 > Teresa Paula Marques, a Supernanny, defendeu o programa. Não encontra diferenças entre o que se passa no formato e o que se passa nas redes sociais.
Família do primeiro episódio apresentou queixas e a própria CNPDPCJ enviou queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social
21h06 > A família protagonista do segundo episódio mantém-se sem arrependimentos, negou ter pedido para que o programa não fosse emitido e voltaria a participar. Diz que a filha foi muito bem recebida na escola, pelos colegas, no dia seguinte, hoje, segunda-feira, na escola.
21h08 > Rosário Farmhouse, da CNPDPCJ, fala em risco de violação dos direitos das crianças com a transmissão de Supernanny. Afirma que a família do primeiro episódio apresentou queixas e que a própria CNPDPCJ enviou queixa à ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
21h11 > Júlia Pinheiro defende o programa. Afirma que os pais foram alertados e que assistiram aos programas internacionais foram visionados por eles. Acredita que as pessoas já perceberam que o objectivo é ajudar.
«Há crianças de formatos estrangeiros que se suicidaram»
21h16 > Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança (IAC), diz queo que prejudica a criança não é o que se passa no programa, mas antes a exposição e a ampliação das situações. Explica que os pais ultrapassam os direitos pessoais e violam o direito indisponível, que só à criança dizem respeito. «Há crianças que sofreram esta exposição nos formatos estrangeiros que se suicidaram», afirma a responsável pelo IAC.
21h18 > Cristina Valente, psicóloga, defende que Supernanny é genericamente pedagógico para os pais do País.
21h23 > Rosário Farmhouse, da CNPDPCJ, concorda com programas que ajudem os pais, mas que não exponham as crianças. A responsável reafirma que o programa viola os direitos das crianças.
21h26 > Para Júlia Pinheiro, o programa é criteriosamente editado para que haja um resultado com bom-senso.
21h29 > Dulce Rocha sente-se admirada por Júlia Pinheiro não ser sensível aos direitos das crianças.
21h31 > Júlia Pinheiro compara Supernanny a outros talent shows (numa alusão à TVI). Rosário Farmhouse contrapõe. «Mas essas crianças nunca foram filmadas a fazerem birras na sua própria casa.»
21h33 > O facto de haver já casos de danos psicológicos noutros países devia ser um aviso para a SIC, considera Dulce Rocha.
Pais do primeiro episódio de Supernanny «estavam fragilizados, pediram-nos ajuda e pediram à SIC para não mostrarem imagens da criança»
21h37 > Rosário Farmhouse não consegue esquecer nem compreender a exposição de uma criança em sofrimento enquanto faz birra para tomar banho. Os pais do primeiro episódio pediram ajuda e proteção. «Estavam fragilizados, pediram-nos ajuda e pediram à SIC para não mostrarem imagens da criança».
21h39 > Cristina Valente não receia eventuais danos, sequelas, das crianças que estão a ser expostas no programa.
21h43 > Rosário Farmhouse revela que alertou «a SIC para a violação da privacidade das crianças e que o Ministério Público decidirá». «Surpreendeu-nos que tenha sido a SIC a transmitir um programa deste tipo», lamentou a responsável da CNPDPCJ.
21h45 > Júlia Pinheiro comparou a exposição de Supernanny à das redes sociais e dirigiu-se a Rosário Farmhouse desafiando-a a instaurar processos a esses pais tal como o faz à SIC. «Vai ter muito que fazer, deixe-me que lhe diga.»
21h46 > Conceição Lino dá por terminado o debate, anunciando que o Supernanny irá continuar.
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