Juan Carlos Alfonso Víctor María de Borbón y Borbón-Dos Sicilias nasceu a 5 de janeiro de 1938 e comemora hoje o seu 80º aniversário. E bate o recorde ao tornar-se no rei de Espanha que mais anos viveu. O seu pai, morreu em abril de 1993, cerca de dois meses antes de completar oito décadas.
Apesar de estar mais afastado da família, desde que foi levado a abdicar do trono há três anos e meio para o seu filho Felipe VI, o rei emérito vai fazer um almoço familiar, no Palácio da Zarzuela, para assinalar a data. Convidou toda a família, incluindo a rainha Sofia, com quem continua casado apenas no papel. São esperadas à volta de 50 pessoas para a festa.
Casado com a rainha e namorado da decoradora
Apesar de manter o casamento com Sofia, os dois têm vidas separadas há mais de uma década, especialmente por causas dos constantes affairs de Juan Carlos ao longo dos anos. O último, já nem se deu ao trabalho de o esconder. Há cerca de um ano meio que o rei emérito «assumiu» um relacionamento amoroso com Marta Gayá, a sua amiga fiel de quem nunca se separa. Há mesmo quem diga que a decoradora, de 68 anos de idade, foi a sua grande paixão e que o romance dos dois começou no início doas anos 90.
«Foi a grande amante do rei, a mulher que esteve ao seu lado durante muitos anos. Ela vive muito bem, num apartamento de luxo em Maiorca e , às vezes, o rei visitava-a e os vizinhos viam o carro dele a entrar na garagem», contou Pilar Eyre, a conhecida cronista espanhola especialista em realeza, à revista Nova Gente.
Um reinado recheado de escândalos
Juan Carlos nasceu em Itália, viveu em Portugal, casou-se com uma grega, liderou a transição do país de uma ditadura para a democracia e… foi alvo muitas polémicas. Aliás, foram os muitos escândalos que o «obrigaram» a abdicar do trono.
São de conhecimento público os vários casos que o monarca teve. No início de 2017 falou-se que o rei terá pago milhares de euros à atriz e apresentadora Barbara Rey para esta não revelar vídeos e fotos comprometedoras dos anos em que tiveram um relacionamento secreto. O caso entre os dois começou em 1975, ano em que subiu ao trono, e durou anos vários anos.
Mas este nem foi a traição mais falada. O seu romance com a aristrocata alemã Corinna zu Sayn-Wittgenstein, 28 anos mais jovem, fez correr muita tinta nos jornais. Durante vários anos, Corinna passou a ser a amante oficial do rei Juan Carlos, ao ponto de ter usufruído do direito de dormir num pequeno pavilhão nos jardins do palácio de La Zarzuela, a residência oficial dos monarcas espanhóis. E foi com ela que o monarca fez a polémica viagem ao Botswana, onde fez uma caça de elefantes, caiu, partiu uma anca e teve de ser operado de urgência em Madrid.
Houve também o caso com Liliane Sartiau, mulher essa com quem Juan Carlos terá tido encontros esporádicos durante dez anos. Destes encontros surgiu a possibilidade do nascimento de uma filha ilegítima, Ingrid Sartiau, que tentou em 2012 provar que era filha biológica do monarca, processo que acabou por ser arquivado.
Não se sabe ao certos quantos casos o rei teve. Mas em setembro de 2017 foi publicada uma biografia não autorizada que garante que Juan Carlos terá tido cerca de 5 mil amantes, escrita por Amadeo Martinez Inglês, um coronel reformado. De acordo com o jornal «El Español», uma das melhores histórias de ‘affaires’ do monarca aconteceu ainda durante a sua passagem pela Academia General Militar de Saragoça, entre os anos de 1955 e 1957.
O autor avança que Juan Carlos saía todos os fins de semana para frequentar «festas privadas, onde praticava sexo com amiguinhas circunstanciais». Um detalhe curioso revelado no livro é que o ditador Franco criou uma rede de espionagem para ficar de olhos postos nos relacionamentos do rei e que, só nesta altura, foram registados uns incríveis «332 encontros sexuais».
Fotos: D.R.
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