Internada em S. Francisco Xavier «há três semanas», Guida Maria «não deve passar desta noite». «Resistiu até à última, mas está por horas», diz fonte hospitalar. A atriz «descobriu no início do verão» que sofria de «cancro no pâncreas». Começou a sentir dores na zona abdominal «cada vez mais frequentes e mais fortes» e os exames determinaram o pior.
Família e um restrito círculo de amigos têm visitado Guida Maria, «para se despedirem dela». No bairro onde vivia, Campo de Ourique, há muito que a viam «pele e osso, muito debilitada», com a filha, a também atriz Julie Sergeant, na pastelaria frente à casa desta.
«Fizemos tudo por ela»
Uma fonte hospitalar revela: «Fizemos tudo por ela».
Convidada pela TVI para um papel em mais uma telenovela, «ainda pensou aceitar», mas, aconselhada pelos mais próximos, declinou. «Estava magríssima e depressa se descobriria do estado dela».
Uma carreira repleta de sucessos
Guida Maria nasceu a 23 de janeiro de 1950, em Lisboa. É filha do ator Luís Cerqueira e mãe de Julie Sergeant, de quem tem uma neta, Maria Rita. Estreou-se em 1957, com sete anos apenas, na peça Fogo de Vista, de Ramada Curto. Fez a formação teatral na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e na American Academy of Dramatic Arts de Nova Iorque, concluída com a participação em workshops no Actor’s Studio.
O primeiro sucesso aconteceu com a peça O Milagre de Anne Sullivan (1962), encenada por Luís Sttau Monteiro. Foi, a partir de 1978 até à sua extinção (em 1998), atriz da Companhia Residente do Teatro Nacional D. Maria II. A 20 de abril 2000, estreia Os Monólogos da Vagina, de Eve Ensler, no Teatro Auditório do Casino do Estoril, um sucesso tremendo e bastante polémico.
Em televisão, teve como último papel Amélia, em A Única Mulher, em 2016. Quase sempre na TVI, mas com várias ‘idas’ à RTP, participou em mais de XX produções televisivas desde 1959, onde se estreou com o pequeno papel Rapariga, em A Chave Mistério.
Fotos: Impala
Siga a Revista VIP no Instagram