«Pulhas». Uma palavra apenas de Manuel Luís Goucha expressa a indignação em relação ao que expõe a reportagem da TVI. A investigação levada a cabo pela jornalista Ana Leal expõe a gestão danosa da Associação Raríssimas, presidida por Paula Brito e Costa.
Já Tânia Ribas de Oliveira manifestou a sua opinião com um longo texto:
«A reportagem da Ana Leal deixou-me profundamente enojada com a ‘gestão’ vergonhosa da Raríssimas, na pessoa da Paula Costa. Tanto dinheiro público gasto em proveito próprio (subsídios direccionados a crianças com doenças raras que foram utilizados em viagens, bmw, roupa caríssima…) tanta altivez, tanta arrogância desmedida. Obrigada a quem denunciou, tem razão: ‘para os maus vencerem basta que os bons não façam nada’.
E não, Paula, nós não somos todos iguais. Entre outras diferenças igualmente importantes, uns são ladrões. Outros não. Vergonha.»
Presidente usava fundos para gastos pessoais
A Investigação TVI, exibida este sábado, 9 de dezembro, dá a conhecer gestão danosa de Paula Brito e Costa. Ordenados elevados da presidente, marido e filho e outros gastos com dinheiros do Estado estão a gerar onda de indignação nacional. A isto juntam-se supostos mapas de deslocações fictícias, compra de vestidos de alta-costura, carros de luxo e gastos pessoais em supermercados.
Tal como a contratação do atual secretário de estado da Saúde como consultor. Manuel Delgado recebia 3000 euros por mês, tendo chegado a ser pago com subsídios do Estado, destinados a apoiar crianças com doenças raras. Ana Leal, jornalista responsável pela grande reportagem, tentou entrevistar, em duas ocasiões, Paula Brito e Costa. Mas a presidente recusou as duas entrevistas, sempre à última da hora.
«Sou contra a pena de morte, mas no teu caso até abria uma exceção»
Pouco tempo depois do final da reportagem, a página de Facebook da Raríssimas foi inundada com comentários e críticas negativas. No momento em que este texto foi escrito, a página contava com mais de 400 avaliações negativas. E com muitos comentários pautados pela fúria das pessoas.
Muitas delas sentem-se enganadas após anos e anos de contribuições monetárias à associação. «Sou contra a pena de morte, mas no teu caso até abria uma exceção», é um dos comentários. «Uma vergonha! Esta mulher deveria acabar os dias na prisão e ser obrigada a devolver tudo aquilo que usou em proveito próprio», acrescenta outra pessoa. «Se houver justiça, os vestidos às riscas da prisão da Carregueira vão ficar melhor à digníssima presidente do que os do El Corte Inglès», é apenas mais um exemplo.
Percorra a galeria e veja imagens de arquivo de Paula Brito e Costa
Fotos: Arquivo Impala
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