Pinto da Costa
O que o ex-presidente do FC Porto não vai tolerar no funeral: “Por respeito…”

Nacional

Jorge Nuno Pinto da Costa lançou o livro ‘Azul até ao fim’ e falou sem rodeios sobre o cancro, o funeral e deixou ainda a explicação da capa do livro. Leia aqui!

Qua, 30/10/2024 - 9:15

Aos 86 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa lançou um livro ‘Azul até ao fim’ em que reflete sobre uma vida dedicada ao FC Porto.

“Comecei a escrever o livro para mim, não queria que ninguém soubesse. Descobrir que sofria de um tumor maligno foi, de facto, um choque. Comecei a escrever para mim porque era uma maneira de desabafar e de me confortar a mim mesmo. Fui escrevendo sobre o que ia sentido no dia-a-dia”, revelou o ex-presidente do clube na apresentação do livro.

Sobre a notícia do cancro, Pinto da Costa esclareceu: “Encarei a notícia com realismo, não tenho de me queixar. Tinha 84 anos, hoje estou com 86 e espero fazer os 87. Só tenho de agradecer a Deus a vida que me deu, que me permitiu fazer o que quis, estar sempre com quem queria e saber ignorar os inimigos. A única coisa que peço a Deus é que todos vós durem até aos 86 como eu”.

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“A melhor maneira de mostrar era com o caixão”

“Sei que a capa do livro chocou algumas pessoas. Tive de fazer uma nota prévia que a escolha foi minha, para que as intenções da editora não fossem mal interpretadas. Para morrer, basta estar vivo. Quando sentimos que já vivemos tanto, acho que devemos encarar a morte com naturalidade, não como uma desgraça.”, afirmou explicando a capa que está a dar que falar.

“Entendi que a melhor maneira de mostrar isso era com o caixão. Quis também colocar a bandeira do FC Porto e o título ‘Azul até ao fim’. Mostra que 60 anos da minha vida foram dedicados ao FC Porto. O meu primeiro cartão de dirigente data de 1962. Tenho muito orgulho naquilo que fiz, com a ajuda de muita gente que compôs as minhas direções. Em 42 anos vencemos 2588 títulos. Não fui eu que os ganhei, foi o FC Porto com a ajuda de todos, das direções, dos atletas, dos nossos adeptos, da nossa claque… “, continuou.

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“Uma coisa que me irrita nos funerais”

 “Chocou algumas pessoas eu ter falado do meu funeral. Uma coisa que me irrita muito nos funerais é que, cá fora, contam-se anedotas e fala-se de tudo menos do falecido. Não queria que acontecesse no meu. Não por mim, mas por respeito à minha família, aos meus amigos que estarão a sofrer por tê-los deixado.”, rematou.

Texto: André Sousa / Fotos: Arquivo Impala

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