Marco Paulo morreu aos 79 anos, após uma longa batalha contra o cancro. Colaborador da SIC, o cantor foi recordado por Daniel Oliveira, amigo e diretor de programas do canal, no ‘Casa Feliz’. O comunicador revelou que esteve com o artista poucos dias antes da morte dele e falou sobre os últimos desejos do mesmo.
“O Marco merecia e merece que nos lhe prestássemos está homenagem. Foi uma luta de 30 anos e era alguém, que apesar dos obstáculos do ponto de vista de saúde, queria sempre continuar a fazer”, começou por dizer.
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“Isto é uma despedida”
“Estive com ele há muitos poucos dias e ele estava sempre dividido entre dizer “eu acho que isto é uma despedida” teve essa frieza, e ao mesmo tempo dizer “quando é que gravamos o próximo programa”. Dentro dele também havia essa luta. O corpo já não conseguia corresponder mas o espírito manteve se sempre ativo, fazer mais e ter o entusiasmo de querer continuar em contacto com o público, continuou.
“Nasceu a pensar e a ter um sonho do contacto com o público e morreu a pensar no contacto com o público. Isso é muito nobre para alguém que viveu sempre a vida toda de portas abertas na ligação com quem gostava dele”, afirmou.
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“Tinha essa alegria permanente”
Sobre o programa ‘Alô Marco Paulo’, Daniel Oliveira esclareceu ainda: “Para ele era um ânimo semanal abrir as portas da casa dele. Ele vivia ansioso com esse dia de gravação ou quando era em direto porque de facto havia muita alegria, das pessoa a entrarem na sua casa, um artista que abre as portas de sua casa e que recebe tanta gente. Era um suplemento de alma que ele tinha todas as semanas ao longo destes últimos 4 anos e a ligação que ele estabeleceu com a equipa, muito familiar, a equipa esteve com ele até ao fim, a ligada que ele criou com a Ana [Marques], isto nestes últimos anos de vida o tornaram bastante feliz apesar de todas as adversidades que foi tendo”.
“Nós tentávamos protege-lo, no sentido de ‘Marco não é preciso tanto”, “não, eu quero isto, eu preciso disto”, dizia ele. Ele cuidava do programa, ele queria que tivesse contacto com o público, ele tinha essa alegria permanente”, acrescentou.
“Ele gostava muito de contar anedotas, sempre com cuidado de como pudessem soar, era muito divertido, tinha imenso sentido de humor. Esse lado divertido muito espicaçado pela Ana. Eles tinham uma ligação que eu me sentia quase como telespectador”, rematou.
Texto: André Sousa / Fotos: Arquivo Impala
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