Fernando Mesquita, psicólogo clínico e sexólogo, da Clínica Dr. Fernando Mesquita responde a esta intrigante questão:
“Não é a primeira vez que os preservativos fazem companhia às toalhas, bronzeadores e produtos de higiene na mala de viagem da Rita. Ela sabe que, muito provavelmente, este será um verão semelhante aos últimos três. O calor desperta-lhe a libido e, finalmente, liberta-se da pressão que sentiu, ao longo do ano como gestora de Marketing de uma multinacional. Este ano, irá com a Ana e a Paula, também elas solteiras, na casa dos 30 anos, e dispostas a umas “férias sexuais”.
Este relato pode lembrar-lhe algum episódio de uma série tipo “Sexo e a Cidade”, mas são cada vez mais comuns histórias reais semelhantes às da Rita e das amigas. A verdade é que, para muitas pessoas, independentemente do género, orientação sexual, ou idade, o verão desperta uma nova energia. E existem motivos concretos para que tal aconteça.
Não são apenas as temperaturas que sobem no verão!
Com a chegada das temperaturas mais elevadas e dos dias mais longos, muitas pessoas sentem uma espécie de despertar dos instintos sexuais “hibernados”. A exposição prolongada ao sol facilita a produção de certas hormonas sexuais, como a Testosterona, que desempenha um papel significativo no desejo sexual, a Serotonina que ajuda a regular o humor, o sono e o apetite, e a produção de vitamina D, importante para a saúde dos ossos e do sistema imunológico.
Não são apenas as temperaturas que sobem no verão! O calor liberta inquietações e a libido ganha terreno nas noites escaldantes que nos levam a observar mais as pessoas numa esplanada, ou num bar, ou até mesmo na própria rua. As temperaturas altas convidam a vestir roupas mais leves e a revelar mais os corpos, dando uma sensação de maior liberdade e sensualidade.
Para muitas pessoas, o verão significa um período de férias. Época para visitar amigos, familiares ou ir um destino turístico. Mas, o espírito de verão também traz consigo o flirt, os “namoros de verão” e uma maior disponibilidade para o sexo. Muitos destes “namoros de verão” começam nas redes sociais, e esta época é propícia para que as pessoas que se conhecem virtualmente, nos quatro cantos do mundo, se encontrem pessoalmente.
Viver as fantasias sexuais em total liberdade
Um dos principais benefícios dos “amores de verão” é que podem ser vividos com total liberdade, pois está predefinido que o seu prazo será limitado. Muitas pessoas sentem-se mais à vontade para concretizar algumas das suas fantasias sexuais com alguém “desconhecido”, pois não receiam ser julgadas. É isso que torna os “amores de verão”, intensos, tórridos, inesquecíveis, mas ao mesmo tempo breves. O limite é a imaginação e criatividade de cada um. Os sonhos podem transformar-se em realidade e tão quentes quanto proibidos!
Porém, essa liberdade e descontração, muitas vezes associada ao consumo de álcool e drogas, pode levar a uma maior impulsividade para comportamentos sexuais de risco. Isso pode resultar em relações sexuais desprotegidas, aumentando o risco de Infeções Sexualmente Transmissíveis como HIV, Sífilis, Gonorreia ou Clamídia, ou numa gravidez indesejada.
Mas atenção…
Em algumas situações, o fim das férias pode ser devastador. Estes “amores de verão”, alimentados pelo seu curto prazo de vida, podem criar laços mais fortes do que se desejava inicialmente. O regresso a casa, e a consequente separação com alguém com quem se viveram momentos intensos, pode despedaçar alguns corações.
Finalmente, respondendo à questão “Tolhas, bronzeador e preservativos: o que têm em comum?”, a resposta é simples: “devem fazer parte da mala de viagem”, principalmente quando há intenção de estar sexualmente com outras pessoas”!
Fotos: D.R
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