A Skincare em adolescentes têm sido um tema cada vez mais falado. A Dra. Sofia Carvalho, Cirurgiã Plástica e Estética da Clínica Lisbon Plastic Surgery explica os perigos dos produtos deste conceito nos jovens.
“As redes sociais têm uma grande influência na definição das tendências em relação aos padrões estéticos e qualquer pessoa pode publicar recomendações de skincare sem ter comprovação clínica e científica.
Muitas jovens adotaram o hábito de usar ingredientes ativos específicos recomendados para peles maduras, presentes em cremes, séruns concentrados e produtos para o contorno dos olhos, influenciadas pelas redes sociais.
Aos 20 anos a hidratação e proteção solar são as únicas exigências da pele. A utilização de princípios não adequados para a idade pode levar a uma pele “asfixiada”, pois o excesso de sebo não é eliminado corretamente. Isso faz com que o sebo se solidifique dentro dos poros, obstruindo-os e criando microquistos na pele e mesmo acne. Pode existir também sensibilidade e irritação com hiperpigmentação (manchas) nessas áreas. Estes produtos usados na pele jovem promovem um desequilíbrio na hidratação, ou seja, as áreas secas pioram e as áreas oleosas ficam mais evidentes.
A utilização prolongada pode provocar acne que poderá deixar sequelas como cicatrizes de acne. Assim sendo, existem ingredientes que não deverão ser usados em peles jovens (exceto se houver indicação médica), mas que não são nocivos em peles maduras. Falamos de retinol, DMAE, argilerina, ácido glicólico e niacinamida. Só partir dos 35-40 anos podemos usar produtos para prevenção do envelhecimento.
As peles jovens necessitam apenas de hidratação e proteção solar. Caso exista alguma patologia específica como o acne ou excesso de oleosidade, deverão ser usados produtos específicos sempre sob prescrição médica.
Considero, portanto, que deveria existir uma maior informação acerca dos riscos do uso de produtos de antienvelhecimento em peles jovens e sensibilização através dos media incluindo redes sociais. Considero de suma importância a existência de uma legislação que pudesse limitar a publicidade por entidades não creditadas quando falamos de saúde mesmo a nível estético/cosmético.”
Fotos: Freepik
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