Miguel Cristovinho esteve a conversar com Manuel Luís Goucha no vespertino da TVI e entre os temas surgiu a morte da mãe do cantor. O músico dos D.A.M.A perdeu a mãe aos 20 anos.
Questionado sobre se perdeu o chão nesse momento, revelou: “Não , não sinto que tenha ficado sem chão, foi uma experiência muito difícil, talvez agora por ter um filho consiga ter conscieência de que só essa dor é que pode ser pior: perder um filho”. E acrescentou: “E é por isso, talvez, que me agarre tanto à minha avó e ao sofrimento da minha avó porque acho que é a única pessoa que pode passar pior do que eu e a minha irmã”.
No seguimento da conversa, confessou: “Foi uma experiência que me enriqueceu muito, cresci muito. Perdi a minha mãe em circunstâncias específicas não foi morte súbita foi doença prolongada.” Sobre o luto, garantiu: “Foi ainda em vida. Eu sofri mais ainda a minha mãe estava cá, quando partiu senti um alívio e pensei ‘agora tenho a minha irmã, o meu pai e a minha avó para me focar.'”
Miguel Cristovinho sobre a canção MÃE
“A primeira vez que eu escrevi a pensar na minha mãe foi esta… foi muito difícil”, começou por revelar o artista. “Tenho pena que a minha mãe não conheça o Mateus. Mas ela vive em mim e no meu pai… enquanto houver memória há vida! Deve ser a maior tristeza quando cá estamos ainda e não temos ninguém que se lembre de nós”.
Por fim, o cantor revelou uma história caricata sobre a mãe que teve em conversa com o filho: “Uma vez disse ao Mateus que a minha mãe já cá não estava e ele foi contar a alguém: ‘a mãe do meu pai não tem cabeça é só corpo”. Entre risos Miguel ter-lhe-á dito: “Não, Mateus, percebeste mal, amor. A mãe está noutra fase da viagem”.