Eduardo, mais conhecido por DJ Eddie Ferrer, morreu há praticamente um ano, no fatídico dia 19 de novembro de 2022. A mãe, Zulmira Garrido e a namorada Maria Rocha, estiveram à conversa no programa Júlia sobre a tragédia que se abateu sobre a família.
“Porque é que só depois de toda esta tragédia é que nós ficámos mais unidas, mais cúmplices, passámos a ter um relacionamento diferente?”, questionou Zulmira.
“Acho que o Eddie não estando cá, deixa uma ligação comum que é o amor que nós tínhamos por ele. Ele era tudo para mim. E eu sei que ele era a pessoa mais importante da sua vida. Ele não estando, a minha sogrinha consegue ver a continuidade do Eddie daquilo que levamos da nossa vida”, começou por explicar Maria.
Porém, a ex-mulher de Jeusaldo Ferreira não ficou satisfeita com a resposta e pediu mais pormenores do porquê de antes não serem tão próximas.
“Vejo-te como uma filha”
“Eu estou ligada à moda, trabalho com diretos de venda de roupa. Fui a primeira em Portugal. […] O Eddie tinha medo que eu me deslumbrasse com o mundo da Zulmira Ferreira. Queria que eu continuasse a gostar do mundo da moda à minha maneira, longe da ribalta”, explicou.
Depois, foi a vez de Zulmira responder a uma questão.
“Vê-me como uma filha?, questionou Maria José. “Sim, vejo-te como uma filha e como um bocadinho do Eddie. Olho para a Maria e vejo o Eddie. Quando estamos juntas, sinto que ele está mais comigo. Quando a Maria se vai embora, sinto-me descalça, sinto-me nua”, disse Zulmira.
“Alguma vez teve algum pensamento mais sombrio?”, interrogou ainda. “Muitos, Maria”, revelou a mãe de Eddie. “Houve alturas em que me apetecia desistir. Ir ter com o Eddie era aquilo que mais queria”, confessa.
“Eu percebi que não ia ficar bem”
Até que chegou a altura de recordar todo o drama na Turquia. Desde a companhia aérea, aos muitos milhares pedidos pelo hospital, as duas ficaram em choque quando encontraram Eddie. Depois da operação, foram descansadas pelo médico, que grantiu que tudo tinha corrido bem. No dia seguinte, foram vê-lo. “Nós falámos com ele, ele reagiu, começou a chorar, quase como ‘tirem-me daqui'”, recorda Maria.
“Eu percebi que qualquer coisa estava mal e que o Eduardo não ia ficar bem. Foi um aneurisma que rebentou, esteve ali 4 dias sem ser assistido. (…) eu percebi no olhar dele quando acordou. Ele acordou, ele reagiu, ele chorou, ele olhou para nós”, relembra Zulmira. Até que na madrugada seguinte chegou a notícia que ninguém deseja receber. Eddie Ferrer tinha morrido.
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala & Redes sociais
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