Numa altura em que o mundo parece viver na eminência de uma terceira Guerra Mundial, a Academia sueca atribuiu o Nobel da Paz 2017 à Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN), uma coligação não-governamental que reúne organizações de cerca de 100 países.
O comité Nobel justificou o prémio atribuído pelo trabalho feito pela ONG para a eliminação do armamento nuclear no mundo. “A Guerra Fria já acabou há muito tempo, não podemos mais aceitar este tipo de armas”, defende Beatrice Fihn, do ICAN.
O Comité Nobel pediu aos Estados detentores de armamento nuclear que se comprometam a eliminar os seus arsenais.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que a Academia distingue programas anti-armas nucleares. Em 2005, o Nobel da Paz foi atribuído à Agência Internacional de Energia Atómica e ao director, Mohamed ElBaradei. Antes, em 1995, o Comité tinha atribuído a mesma distinção ao movimento anti-nuclear Pugwash (fundado no Canadá) e ao fundador, Joseph Rotblat.
O ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído ao Presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
Só para esta edição, a Academia Sueca recebeu 318 candidaturas.
Fotos: DR
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