Maria Vieira usou as redes sociais para responder às críticas proferidas por Herman José, em entrevista a Rui Unas.
A atriz não reagiu bem às afirmações feitas pelo colega de profissão a respeito do seu, aparentemente, escasso vocabulário e não poupou nas palavras:
“A decadência não olha a meios para sobreviver, manter a cabeça à tona da lama e arrecadar a esmola que se lhe oferece… Porca miséria!”, escreveu Maria Vieira.
Os comentários feitos por Herman José numa entrevista ao programa “Maluco Beleza” de Rui Unas sugerem que Maria Vieira “não tem mais do que 50 palavras no seu vocabulário” e que não são da sua autoria os textos que publica.
“Não há pior do que brilhar pela negativa”, foram as palavras usadas pelo comediante referindo-se a Parrachita, como é carinhosamente apelidada.
“Não vale a pena dizer-nos que é ela que escreve que não é”
Herman José defende, na terceira parte da entrevista a Rui Unas, que não é Maria Vieira a autora das longas tiradas no Facebook que já deram origem a um livro mas sim o marido da atriz, Fernando Rocha.
“O que é que eu acho, a minha análise: aquele corpo de duas cabeças faz com que ele tenha uma paixão grande pela escrita e escreva muito e ela o acompanhe, solidária, dando-lhe a visibilidade do nome. Quando ouves a Maria Vieira falar – e estou a dizer isto sem o mínimo de ironia – percebes que ela não tem mais do que 50 palavras no seu vocabulário. ‘olá queridinha, parrachita, está calorzinho, estou com fominha, vou agora para a casinha’. Ela não sai dali. E a escrita é elaboradíssima. Fala em paradigma, fala em pusilanimidade, uma riqueza de vocabulário que não se encaixa na Maria. Não vale a pena dizer-nos que é ela que escreve que não é. É um organismo que escreve.”
Elogios a Donald Trump, ataques a figuras aparentemente consensuais como Salvador Sobral e Marcelo Rebelo de Sousa, ideologia de extrema-direita. Estes são alguns dos ingredientes dos textos, alegadamente escritos por Maria Vieira no Facebook, que já deram origem ao livro Maria Vieira no País das Maravilhas, e que geraram descrença e choque entre vários colegas da atriz, como Ana Bola e Manuel Cavaco.
Zanga aconteceu em 2007
Herman, contudo, relembra que o afastamento de Maria Vieira do núcleo de humoristas com quem habitualmente trabalha aconteceu há cerca de uma década, durante o programa Hora H, na SIC. “Estávamos na fase mais anti-trendy de todas. Aquela não foi a minha época, aquilo correu tudo mal”, confessa o humorista.
“Fiz uma personagem para a Maria Vieira que era a Dona Coisinha, que estava sempre doente”, recorda, continuando:
“Já na altura ela e o marido não perceberam a piada, revoltaram-se contra aquilo e divorciaram-se de nós e e ela saiu da equipa. Ela depois foi dizer mal do programa para as revistas. Ficámos separados”.
Herman José fez questão de realçar, no entanto, que há dois anos voltou a trabalhar com Maria Vieira na sitcom Nelo e Idália e que a experiência correu bem.
Fotos: DR e Impala
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