Foi a correr na praia que Igor Regalla fer uma ferida no pé. O ator, de 35 anos, acreditou não ser nada de extraordinário e ignorou a lesão. Que acabou por se transformar em algo com uma gravidade de dimensão muito superior ao inicialmente previsto. Igor Regalla acabou internado no hospital e agora faz um relato impressionante. Daquilo por que passou.
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“Abençoado é quem tem sorte no caos. E eu estive, neste último mês e meio, a viver esta experiência o suficiente para poder verbalizar isto. Fui correr para a praia. Fiz uma ferida no pé que decidi ignorar. Infetou e dei por mim a precisar que me viessem buscar à cama, em casa, porque já não aguentava de dores no pé e já estava com febre. Foi quando voltei a precisar do Serviço Nacional de Saúde”, começa por escrever.
“Nunca gritei tanto. Percebeu-se que o ideal seria anestesia geral”
“Da primeira vez que fui ao São Francisco Xavier, antes deste episódio da cama, depois de ter saído das gravações porque já não conseguia pôr o pé no chão, mandaram-me para casa após lá ter ficado sete horas à espera, com um antibiótico. Quatro dias de antibiótico: nada de melhorias. Acordei a um sábado com febre e dores agonizantes e liguei para o 112 que acabou por me vir buscar à cama, literalmente”, prossegue. “À chegada do São Francisco Xavier, tentaram extrair a bactéria numa pequena cirurgia. Nunca gritei tanto. Percebeu-se que o ideal seria anestesia geral e lá fui eu para o bloco de operações. Acordei as 2h da manhã com picos de dor que só acalmavam com morfina. Agora pensem… e foi quando fui internado no Egas Moniz que me comecei a sentir laivos de sorte, no meio do caos que estava a viver. Imaginem estar a fazer um trabalho de sonho e de repente o vosso pé esquerdo é razão para isto tudo”, conta.
Igor Regalla não esconde que as coisas não foram fáceis. “Fui vezes a mais abaixo a pensar nisto por tudo o que isto implicava. A doutora Ana Alves Rafael e a sua equipa foram uma bênção gigante. O cuidado que a doutora ainda está a ter comigo é daquelas coisas que vou guardar para a vida. Tive a sorte, de ter um super companheiro de quarto, o António (foto 6), que foi a melhor companhia que podia ter tido, dadas as circunstâncias. E muito obrigado às minhas tias, ao meu irmão Ivan que veio da Guiné e ao resto da família que não parou de me ligar até me começar a sentir melhor”, escreve
“Numa cama de hospital passa-nos muita coisa pela cabeça”
E os agradecimentos não se ficam por aqui. “Às minhas Xinhas por estarem la para mim pela enésima vez. Ao Tomás Monteiro por todos os mimos. À Soraia Tavares pelo conjunto de ‘skin care’ e por ser a melhor amiga que uma pessoa pode desejar. Ao José Condessa por ter deixado o corredor histérico quando lá entrou. E pelos pastéis de Belém e pelo coração de ouro que tens, vá. À minha Dalila Carmo que me surpreendeu e também me fez o dia”, destaca.
“Numa cama de hospital passa-nos muita coisa pela cabeça. São sempre alturas sensíveis porque nem toda a gente tem esta rede de apoio. Nem toda a gente tem a sorte de estar a trabalhar, e de no trabalho as pessoas não só se estarem a adaptar a mim como me estão a ajudar nas mais pequenas coisas. Às vezes só com empurrãozinho na cadeira de rodas, com a ajuda no tabuleiro do almoço, a sorte no caos”, refere o ator. “Muito obrigado também a todos os heróis que trabalham no Serviço Nacional de Saúde. São heróis sem capa que precisam de mais que palmas às 22h da noite. Obrigado, obrigado, obrigado! Já me estou a sentir melhor e já me voltei a calçar e tudo. Estou 80% funcional, diria. Uma palavra também a toda a equipa militar que está ao cuidado da câmara Hyperbarica no Hospital Militar! A vossa simpatia e profissionalismo são de louvar”, termina.
Texto: Bruno Seruca
Fotos: Impala e reprodução Instagram
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