O desaparecimento do submersível Titan, que realizava uma expedição aos destroços do Titanic, deixou o mundo à espera do momento em que os cinco tripulantes seriam resgatados com vida. Contavam-se as horas que faltavam para acabar o oxigénio até que surgiu a indicação, através da Guarda Costeira norte-americana, de que todos tinham morrido. E que a embarcação teria implodido logo nas primeiras horas da expedição.
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Agora, surgem novos dados sobre as últimas horas de vida das vítimas do acidente que chocou o mundo. Sabe-se que a Ocean Gate recomendou aos tripulantes uma dieta pobre em resíduos. O que faria com que usassem o menos possível a casa de banho, que estava separada do resto do submersível apenas por uma cortina.
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Christine Dawood, mulher e mãe de duas das vítimas do acidente, revelou que antes da descida existiram dois briefings. Num deles, os tripulantes foram informados de que a descida seria realizada às escuras. Algo que permitia poupar bateria e que possibilitava a observação de criaturas bioluminescentes. No outro foram aconselhados a usarem meias grossas e gorro. Porque estaria muito frio a 3.800 kms de profundidade. A descida teve início às 8h do dia 18 de junho e a viagem seria realizada ao som de temas escolhidos pelos tripulantes. Só não seria ouvida música countrey devido à aversão do piloto ao estilo musical.
“É mais seguro do que atravessar a estrada”
Os familiares das vítimas vão expressando a dor pela morte dos cinco tripulantes do Titan. Lamentando o facto de terem embarcado na expedição. A família Dawood revelou que o CEO da empresa, e criador do submersível, convenceu pessoalmente Shahzada e o filho, Suleman, da segurança da missão. “É mais seguro do que atravessar a estrada”, disse, de acordo com Christine, Stockton Rush às vítimas. A viúva refere ainda ao The New York Times que pai e filho estiveram quase a falhar a expedição. Ambos voaram para Toronto, no Canadá, no dia certo, mas o voo que levaria a família para St. John’s acabou por ser cancelado. Só que ainda existiu tempo para que viajassem no dia seguinte. “Gostaria que tivessem cancelado aquele voo também”, lamenta.
Mário Ferreira não é o único que escapou por pouco
Mário Ferreira não é a única pessoa que escapou da morte por pouco. Também Chris Brown, magnata do marketing, tinha tudo para embarcar ao lado do amigo Hamish Harding, igualmente próximo do dono da TVI. Só que tal como Mário Ferreira, Chris Brown não se sentiu seguro e, apesar de ter viajado para o local, pediu a devolução do depósito.
Texto: Bruno Seruca
Fotos: DR
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