Cristiano Ronaldo nunca escondeu os problemas de alcoolismo do pai, José Diniz Aveiro, que morreu no dia 6 de setembro de 2005, aos 52 anos. No entanto, nunca deu detalhes sobre a doença do pai, que acabou por afetar toda a família.
Agora, a propósito do dia 25 de Abril, a irmã mais nova de CR7, Katia Aveiro, falou publicamente do assunto, atribuindo à Guerra do Ultramar a adição do pai. “Estas fotos é de um ex-combatente da guerra de Angola… depois disso eu e os meus irmãos e tantos outros ficaram livres…”, começou por escrever na legenda de um conjunto de imagens antigas de soldados.
“Esse ex combatente era o meu pai e ali tinha pais de outros… a ditadura não vivi, vim pouco tempo depois mas ela permaneceu até que o meu pai se foi, permaneceu na revolta dele, permaneceu dentro da nossa casa, no alcoolismo que ele carregava para esquecer as mortes dos amigos… do sangue que viu na guerra fria”, continuou, revelando que a guerra deixou muitas consequências no pai e, por conseguinte, em toda a família.
“Hoje comemora-se o 25 de abril. E os filhos da Guerra? Que memórias ficaram? A dos cravos ou as que marcaram a vida de tantas famílias para sempre? Eu sou as marcas de uma família e outros são de tantas … e seguimos na luta pela verdade e pela liberdade… por ele e por tantos. Quem ele foi? Quem somos nós? Filhos da Guerra do ultramar?“.
No final, fez questão de deixar uma homanegem ao pai. “E hoje se comemora o 25 de abril em Portugal, dia da liberdade, e será que somos assim tão livres? Eu sigo vivendo livre pelo meu pai e por tantos outros pais que marcaram a nossa história.
(as comemorações que hoje se fazem aqui com ‘ilustres’ presentes e convidados) não assisto… não assisto… E a guerra que o meu pai enfrentou foi a maior verdade que ele nos deixou. Hoje é o 25 de abril. Mas já teve dias antes desse dia…
E eu guardo pela memória do meu pai e do pai dos outros“.
Cristiano Ronaldo assume: “Não foi o pai que sonhei ter”
Em 2015, numa entrevista ao ‘The Times’, Cristiano Ronaldo assumiu: “O meu pai era alcoólico. Não foi o pai que eu sonhei ter“. E acrescentou: “Eu amava-o, claro, mas nunca tive uma conversa com ele como estou agora a ter consigo“.
Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes Sociais
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