Leguminosas
Dicas para incluí-las no seu dia-a-dia

Culinária

O Dia Internacional das Leguminosas comemora-se no dia 10 de Fevereiro desde 2016. Como tal, a VIP esteve à conversa com a Dra. Daniela Duarte que nos falou de 5 leguminosas incomuns.

Sex, 10/02/2023 - 11:30

O Dia Internacional das Leguminosas comemora-se no dia 10 de Fevereiro desde 2016, mas o seu consumo tem diminuído desde a década de 80. A VIP falou com a Dra. Daniela Duarte, da Agita Kalorias, que nos contou mais sobre 5 leguminosas incomuns.
Alfafa
“Alfafa é da família do feijão. Tal como o feijão é fonte de proteína e hidratos de carbono. Significa “o melhor alimento” em árabe. E, realmente, tem muitas propriedades que estão associadas a vários benefícios de saúde (ex. saúde óssea, sistema imunológico e sistema gastrointestinal). Aliás, a alfafa também é usada na Indústria Cosmética em produtos anti-rugas e na Indústria Farmacêutica em medicamentos para problemas gastrointestinais”, escreveu.  “Para não perder nutrientes, aconselha-se a não ser congelada ou cozida, por isso a melhor forma para comer é crua”, completou Daniela Duarte.
Algumas sugestão para incluir no dia-a-dia são em:
● Saladas
● Infusões ou batidos
● Sopas
● Sanduíches
● Risottos e massas
Não é ainda uma leguminosa muito comum em Portugal, mas já a consegue encontrar em alguns mercados de pequena superfície.
Alfarroba
A segunda leguminosa de que nos falou Daniela Duarte é a alfarroba: “tem um perfil nutricional bastante interessante, destacando-se as fibras e os antioxidantes (prevenção de doenças cardiovasculares e controlo de diabetes mellitus).
Devido ao seu teor em fibras e taninos, a alfarroba ajuda a melhorar o funcionamento do intestino ao diminuir as diarreias e vómitos, e contribuir para a simbiose da microbiota intestinal. Além disso, a alfarroba possui ação anti-refluxo e, por isso, é um bom ingrediente para ser usado nas fórmulas infantis ou em medicamentos para esta finalidade”, garantiu.
“Devido ao seu sabor doce e baixo teor em gordura, é um ótimo substituto de açúcar, cacau em pó e chocolate. A partir desta leguminosa, é possível produzir vários produtos alimentares interessantes de um ponto de vista nutricional, como gomas, espessantes, estabilizantes, emulsionantes e farinha. Estes produtos têm amplas aplicações na Indústria Alimentar, Farmacêutica, têxtil e cosmética, fornecendo uma alternativa mais saudável aos produtos existentes no mercado”, rematou.
A título de curiosidade:  em 2018, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) registou Portugal como maior produtor mundial de alfarroba, ultrapassando os Estados Unidos da América (produção anual superior a 40 mil toneladas).
Amendoim
Os amendoins não são frutos secos, ao contrário do que se pensa! Eles pertencem à mesma família das ervilhas e das lentilhas.
“O amendoim é um reconhecido alergénio, responsável por muitas reações alérgicas que podem ser bastante graves.
As proteínas que contêm são muito parecidas, na estrutura, com as dos frutos secos de casca. É por esta razão que as pessoas alérgicas a amendoins também podem ter alguma reação alérgica a frutos secos como amêndoas, nozes, avelãs, pistachos ou castanhas de caju”, completou.
Tremoço
Este aperitivo tem um baixo valor calórico. Daniela Duarte deixa-nos uma dica: “comer os tremoços com casca. A casca do tremoço ajuda a controlar o açúcar no sangue e faz deste um alimento altamente saciante. Pode conter uma elevada quantidade de sal devido à salmoura, local onde é conservado na maioria das vezes. De forma a reduzir o seu teor, deverá passá-lo por água corrente ou demolhá-lo antes do seu consumo.”
Pode ser introduzido como:
● Snack;
● Entrada de refeição, ao invés do habitual pão ou salgados;
● Ingrediente de saladas;
● Ingrediente na confecção de patês.
Soja
Por último, a soja que é igualmente uma leguminosa. Pode ser utilizada na alimentação sob diversas formas, desde óleo de soja, tofu, molho de soja, soja em grão, entre outras.
A Dra Daniela Duarte garante que a soja “é um grão rico em proteína, sendo considerada uma fonte de proteína completa de alto valor biológico, já que apresenta quantidades significativas da maioria dos aminoácidos essenciais.” Além disso, afirma que “apresenta um índice glicémico reduzido, sendo por isso uma opção alimentar interessante numa perspectiva de prevenção e tratamento de doenças como a diabetes e a obesidade”, rematou.
Entrevista: Maria Constança Castanheira; Fotos: D.R.

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