A mãe de Jéssica, a menina de três anos que foi morta em Setúbal, em junho, foi hoje detida. Fonte da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal referiu à a gência Lusa que esta detenção resulta de alguns exames periciais que só foram concluídos hoje. Além de Inês Tomás, de 37 anos, também foi detido um homem de 28 anos, filho do casal que foi detido juntamente com uma filha em 23 de junho. “As duas pessoas detidas hoje estão indiciadas pelo crime de homicídio qualificado”, disse a fonte da Polícia Judiciária de Setúbal. Os dois arguidos serão presentes a tribunal hoje ou amanhã.
A mãe de Jéssica estava em liberdade desde a morte da menina. Os três primeiros detidos deste processo ficaram em prisão preventiva: uma mulher de 52 anos a quem a mãe da criança devia dinheiro, inicialmente identificada como ama, o seu marido, com 58 anos, e a filha, de 27.
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A morte que chocou Portugal
Jéssica morreu na sequência de alegados maus-tratos. A morte da menina, de três anos, está a chocar Portugal. A mãe de Jéssica contou à Polícia Judiciária que tinha uma dívida de menos de 1000 para com Tita. Alegadamente, por serviços de bruxaria.
Os suspeitos – Tita, o marido e a filha – terão retido a criança para exigirem o pagamento da dívida. Jéssica terá sido torturada. Além disso, Tita terá feito vários telefonemas a Inês em que se ouviam os gritos da criança. Seria uma pressão para a mãe pagar o valor em falta, por serviços de um bruxedo de amarração.
Inês terá sido coagida a não procurar ajuda. Temia que o companheiro descobrisse tudo e que a abandonasse.
Jéssica esteve cerca de cinco dias na casa de Ana Cristina (Tita) e Justo, em Setúbal. Quando a mãe a foi buscar, a menina apresentava sinais de maus tratos. Jéssica viria a falecer no hospital depois da mãe chamar o INEM.
A menina tinha sido sinalizada pela Comissão de Proteção de Menores logo no nascimento. O Tribunal de Família e Menores de Setúbal tinha arquivado o processo a 30 de maio.
O relatório da autópsia a Jéssica mostra que a morte da criança foi provocada por mais de 50 golpes, sofrendo um deslocamento do crânio e lesões internas fatais.
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Texto: Vânia Nunes e Constança Castanheira; Foto: DR
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