A cantora Patrícia Ribeiro, cantora transgénero que foi uma das primeiras figuras públicas portuguesas a se submeter a uma cirurgia de atribuição sexual, está em liberdade após 6 anos de prisão. A artista foi acusada de ter extorquido 300 mil euros a um empresário, a quem ameaçou com a divulgação de fotos íntimas.
A primeira artista transgénero portuguesa atormentou o empresário durante meses com a divulgação de fotos íntimas de atos sexuais agressivos. Nalgumas fotos, o empresário encontrava-se em poses de submissão, tanto despido como vestido com roupa e acessórios femininos.
Assim que saiu em liberdade, a artista recorreu às redes sociais para anunciar aos fãs. “Depois de 6 anos, chegou o dia tão esperado, o dia da minha libertação e o recomeço de uma nova vida”, começou por escrever a cantora, na sua página oficial do Instagram. “Obrigada a todos os intervenientes da instituição prisional que me acompanharam durante o meu percurso”, continuou.
A artista agradeceu à família, aos amigos e a todos os envolvidos neste percurso de seis anos. “Todos, sem exceção, contribuíram muito para que hoje me tornasse uma mulher nova, sobretudo cheia de força, coragem e determinação para este novo recomeço”.
A cantora tornou-se conhecida na década de 90, com a banda “Onda Choc”. Patrícia Ribeiro começou então a ser presença assídua em vários programas de televisão, tanto em Portugal como no Brasil, para apresentar o seu trabalho e falar sobre a história de vida.
Patrícia Silva publicou a sua autobiografia em 2014, “Ontem Homem, Hoje Mulher”, livro onde abriu o coração e falou sobre a sua luta pelo reconhecimento da sua identidade.
Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: Arquivo Impala
Siga a Revista VIP no Instagram