António Sala foi o convidado do programa ‘Maluco Beleza’ da passada segunda-feira, dia 24. Questionado por Rui Unas sobre o que acha sobre o programa ‘Extremamente Desagradável’, de Joana Marques, o ex-apresentador deu a sua opinião.
Durante muito tempo, António Sala foi um dos grandes nomes da Rádio Renascença, onde apresentou o programa ‘Despertar’, com Olga Cardoso. Na altura, anos 80 ou 90, um programa como o de Joana Marques seria impensável, afirma o ex-apresentador: “A própria sociedade, às tantas, dava coices e rejeitaria o ‘Extremamente Desagradável’, mas já existiam os ‘Extremamente Desagradáveis’ da altura”.
Sendo este um dos programas com mais ouvintes nos dias de hoje, Rui Unas perguntou: “Como é que ouve hoje o Extremamente Desagradável?”, ao que António Sala respondeu: “Há alguns que acho que são muito interessantes e muito giros e ela mete bem o dedo nas feridas e nas coisas. Há outros em que eu acho, e é uma opinião pessoal, em que ela exagera e às vezes é injusta em relação a determinado tipo de abordagens, de pessoas e de críticas”.
Questionado se o humor não justifica tudo, o ex-apresentador respondeu: “Eu acho que o humor tem de ter liberdade para tudo. Mas depois também não está livre da crítica de cada um dizer que esse humor é abjeto, ou esse humor é inconveniente”, começou o apresentador.
António Sala relembrou a altura em que esteve doente. “Durante um tempo, eu que sempre achei piada a tudo, quando estava a ver programas de humor e algum humorista, por exemplo, gozava com o cancro, ou coisa do género, eu ficava… Mas se me disser: ‘então, proíbem-se as graças?’, não, não se proíbem, mas também não ficam livres de eu não gostar e criticar”.