Isabel II
Morte da rainha reforça a “maldição” dos anos terminados em 2

Realeza

A morte de Isabel II nesta quinta-feira, 8 de setembro, veio reforçar a “maldição” que assombrava a rainha nos anos que terminavam em 2.

Sáb, 10/09/2022 - 13:30

A rainha Isabel II esteve à frente da Coroa de Inglaterra durante 70 anos. Entre 1952 e 2022, a monarca, que morreu nesta quinta-feira, 8 de setembro, aos 96 anos, protagonizou uma trajetória com muitos momentos bons, mas outros muito difíceis.

O ano da sua morte vem reforçar uma teoria antiga que remete para uma “maldição” associada aos anos que terminam com o número dois. A VIP explica-lhe tudo:

1972: Neste ano, o governo britânico enfrentou um dos piores momentos de centre. Londres ficou sem luz durante vários dias, em consequência de uma greve de mineiros por melhores salários.

Apesar de a rainha Isabel II estar distante das decisões salariais, ouviam-se vários protestantes junto do Palácio de Buckingham.Nesta altura, a monarquia perdeu popularidade.

1982: O Jubileu de Pérola de Isabel II, que assinalou os 30 anos como rainha, celebrou-se num ano muito sangrento no Reino Unido. O motivo: a Guerra das Malvinas, conflito marítimo contra as tropas argentinas, que ocorreu entre abril e junho.

A rainha Isabel II viveu meses a fio com o coração nas mãos, uma vez que o príncipe André, que tinha então 22 anos, atuou como piloto de helicóptero durnte a guerra. No mesmo ano, o Palácio de Buckingham foi invadido e um homem escalou até ao quarto da rainha. A monarca acordou e viu o homem sentado na sua cama. Conversaram durante dez minutos e, depois, a soberana conseguiu acionar o alarme para que o intruso fosse retirado da sua residência.

O ‘annus horribilis’ da rainha Isabel II

1992: A rainha Isabel II completou 40 anos à frente da Coroa do Reino Unido, mas com muitos problemas para resolver. Entre eles, a separação polémica entre o príncipe Carlos, e a princesa Diana. O então herdeiro assumiu publicamente que estava apaixonado pela atual mulher, Camilla Parker Bowles, com quem já mantinha um relacionamento extra-conjugal.

No mesmo ano, que foi descrito pela própria rainha como ‘annus horribilis’, a princesa Ana e o príncipe André também se divorciaram dos respetivos cônjuges. O Castelo de Windsor também parcialmente consumido por um incêndio em 1992.

2002: ‘Lilibet’, como era carinhosamente tratada pelo pai, o rei Jorge VI, e pelo marido, o príncipe Filipe, celebrou meio século à frente da coroa do Reino Unido, mas o ano começou com uma perda terrível. Com apenas um intervalo de 49 dias, morreram a irmã da rainha, a princesa Margaret, e a rainha-mãe, Isabel I. A monarca perdeu as suas duas melhores amigas e conselheiras.

No mesmo ano, a soberana viu-se obrigada a ‘pôr mão’ no rebelde da família real, o príncipe Harry. O Palácio de Buckingham descobriu, através da imprensa, que o filho mais novo de Carlos e Diana fumava erva e consumia álcool. Isabel II acabou por enviar o neto para uma clínica de consciencialização sobre os perigos da dependência de álcool e drogas.

2012: Neste ano, quando Isabel II celebrou 0 Jubileu de Diamante, o príncipe Harry voltou a dar dores de cabeça à família real britânica. O duque de Sussex foi fotografado todo nu numa festa de amigos, em Las Vegas. Recentemente, as cuecas de Harry entraram em leilão (pode ler tudo aqui).

No mesmo ano, foram divulgadas fotografias de Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, em topless, durante umas férias com o príncipe William no sul de França. A superexposição deixou a rainha Isabel II furiosa.

2022: No ano em que completou 70 anos à frente do trono, Isabel II viu os festejos do seu Jubileu de Platina serem completamente abafados pelo escândalo sexual protagonizado pelo filho, o príncipe André. A monarca viu-se obrigada a afastá-lo dos deveres reais, depois de ter sido acusado de abusos sexuais a uma jovem menor, de 17 anos, vítima de um esquema de tráfico sexual e exploração de mulheres no Reino Unido.

Neste ano, aos 96 anos, a rainha Isabel II acabou por morrer no Castelo de Balmoral, na Escócia, residência em que costumava passar os verões com a família.

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reuters

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