Olivier da Costa, de 46 anos, foi o último convidado do “Alta Definição”, da SIC, e contou a Daniel Oliveira que aos 13 anos sofreu graves queimaduras nas mãos e pernas que o atiraram para o hospital durante três meses. O também conhecido chef dos famosos recordou a morte do pai, Michel da Costa.
Num recuou ao passado, Olivier da Costa contou como uma “brincadeira parva” com um isqueiro “teve graves consequências” que lhe deixaram marcas para a vida. “Chumbei uma vez na escola porque peguei fogo às pernas com álcool, aliás, pegaram-me a mim. Estive no hospital três meses. É uma história assim complicada”, começou por dizer relatando, logo de seguida, como tudo aconteceu: “Houve um miúdo que me atirou álcool e houve outro que fez uma brincadeira com o isqueiro e eu ardi”.
O momento aterrador durou apenas um minuto, mas, para Olivier da Costa, os segundos pareciam não passar. “Eu podia ter morrido. Eu ardi mesmo e ainda hoje tenho marcas. Fui operado, tirei pele da barriga para pôr nas pernas. Tinha as mãos queimadas”, relembrou acrescentando: “Tive ali um mês que tive de ir todos os dias mudar os pensos, sem saber se ia ser operado. Depois aquilo infetou, fiquei numa bolha de ar, depois lá me puseram a dormir, operaram-me e fiquei bom”.
Mas para um dos mais chefs portugueses mais prestigiados, com uma cadeira de 30 restaurantes, permaneceu o trauma ao fogo e às chamas. “Ainda hoje tenho muito medo de ver pessoas a brincar com o fogo. É uma coisa que me assusta e que não gosto que façam à minha frente. Nesse dia, eu encostei-me para morrer e depois para apagar o fogo foi praí um minuto. Mas é um minuto complicado”, confessou ao entrevistador.
Olivier já estava à espera da morte do pai
No decorrer da conversa, Olivier da Costa recordou também o pai Michel da Costa, que foi uma das primeiras estrelas televisivas da culinária, com orgulho. “O meu pai cozinhava como ninguém”, disse, considerando como um “pioneiro”. Contudo, não esqueceu a “grande discussão” que teve com o progenitor há 15 anos, que derivou da separação dos pais.
“Nunca deixamos de nos falar”, disse, porém, os erros que Michel da Costa cometera deixou o filho “triste” ao ver a sua queda profissional, depois de ter sido distinguido pelo Guia Michelin na década de 1970.
Por fim, a 18 de março de 2020, Olivier da Costa perde o familiar aos 77 anos, vítima de uma doença pulmonar que enfrentava há vários anos. “Já estava à espera. Ele estava muito mal. (…) Ele foi internado, deixou-se ir. Estava cansado, já não conseguia comer, não conseguia beber. Estava mal”, confessou o também empresário.
Olivier da Costa é pai de dois jovens: Lucas, de 20 anos, e Mateus, 18.
Texto: Carolina Sousa; Fotos: Redes Sociais
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