Daniela Santiago
Revoltada com incêndios florestais: “Pobres daqueles que não têm culpa”

“Olhar para este país hoje é olhá-lo com tristeza e desespero. Quantas pessoas mais precisam de morrer, quantas precisam de perder casas, hortas, terrenos, quanta mais floresta tem de arder, quantas vidas terão mais de se perder? Até quando?”, começou por escrever Tânia Ribas de Oliveira, na legenda de algumas fotografias que partilhou no Instagram, que retratam a situação atual do País.

E continuou: “O interior está desertificado há anos, a mão humana que provoca incêndios continua a sair impune, nada muda… ano após ano. As temperaturas altas não justificam tudo, toda a gente sabe. Uma miséria. Viver num paraíso à beira-mar plantado em termos de beleza natural de nada serve quando o vemos arder todos os anos.”

Tânia Ribas de Oliveira aproveitou também a publicação para agradecer o trabalho incansável dos bombeiros. “Parques naturais, reservas da Humanidade, a casa do senhor João, a horta da Dona Augusta, os animais que são o sustento da família Silva. As pessoas que perdem familiares no combate aos fogos. São exemplos multiplicados por centenas de famílias. Milhares. Bombeiros sem comer e sem dormir – Obrigada a todos! Até quando? ATÉ QUANDO?”, findou.

Já Fátima Lopes fez um direto no Instagram em que falou sobre a tragédia dos incêndios que estão a deflagrar em Portugal.

“Sinto uma profunda tristeza. Acordo muitas vezes de noite com estas imagens na minha cabeça: de um país a arder e isso tem mexido muito comigo e não sou a única pessoa. Há uma coisa que a mim me preocupa e que me dá que pensar: as coisas repetirem-se ano após ano. Todos os anos temos o mesmo cenário”, começou por dizer.

“A palavra prevenção ainda cai muito em saco roto, não se faz uma verdadeira prevenção, depois quando chega esta altura falamos de como vamos resolver estes fogos todos. O que podemos fazer para que no ano a seguir não se viva o mesmo cenário? Portugal não pode continuar desta maneira”, alertou.

Já em lágrimas, a apresentadora falou sobre a violência das imagens que têm sido transmitidas. “A imagem das pessoas a correram agarradas aos bombeiros e a dizerem ‘salvem a minha casa’, eu não consigo viver com isto. Podia ser a minha mãe, a minha avó, não podemos ficar indiferentes”, terminou.